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Intenção de consumo sobe 1,2% em julho, exceto para a faixa de menor renda

Segundo a Confederação Nacional do Comércio, famílias que ganham até dez salários mínimos puxam a alta mensal do índice

Economia|Do R7

Intenção de consumo sobe 1,2% em julho, exceto para famílias de renda mais baixa
Intenção de consumo sobe 1,2% em julho, exceto para famílias de renda mais baixa

A ICF (Intenção de Consumo das Famílias) subiu 1,2% em julho e atingiu 80,7 pontos, informa a CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo). Segundo a entidade, todos os indicadores da pesquisa apresentam aumento na comparação anual, mas a maioria teve desaceleração em relação a junho.

O maior aumento foi observado no indicador Renda Atual, que registrou alta de 2,4% contra junho, e de 23,5% na comparação com julho de 2021. O segundo maior crescimento mensal foi do índice Nível de Consumo Atual, com um avanço de 2,1%, mais significativo do que o 1,2% registrado no mês anterior.

Esse incremento, segundo a análise, foi puxado pelas famílias com ganhos acima de dez salários mínimos, que, devido ao fato de possuírem mais recursos para as compras não essenciais, puderam ter um avanço de 2,9%. 

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"Os crescimentos sucessivos do rendimento real das famílias, apoiados por medidas de auxílio à renda, levaram à melhoria dessa percepção", disse, em nota, Roberto Tadros, presidente da CNC.


Por outro lado, o menor crescimento do mês ficou por conta do índice Perspectiva de Consumo, que avançou apenas 0,2% em relação a junho.

A economista da CNC responsável pela análise, Catarina Carneiro, estima que as famílias devem seguir mais cautelosas em suas compras nos próximos meses, principalmente a parcela com renda abaixo de dez salários mínimos, grupo que teve a única queda mensal, de 0,1%, neste item.


"Mesmo com o consumo atual avançando, o ambiente econômico com preços e juros mais altos motivou um cenário de moderação", avalia Catarina.

Segundo a CNC, os indicadores relacionados ao mercado de trabalho se destacaram positivamente em julho. O Emprego apresentou a maior pontuação do mês, 108,4, e a Perspectiva Profissional apareceu em seguida, em nível satisfatório, algo que não ocorria desde abril de 2020, registrando 100,3 pontos.


Os números também mostram que a maioria dos consumidores, 45,3%, apresentou perspectiva positiva para o mercado de trabalho no próximo trimestre, fato também inédito desde abril de 2020.

Ainda segundo a pesquisa, a maior parte das oportunidades de emprego está sendo direcionada aos mais jovens, fornecendo novos rendimentos a esse grupo de consumidores. Com isso, a parcela de pessoas na faixa de idade abaixo dos 35 anos demonstra satisfação no indicador Renda Atual, levando-o aos 102 pontos, enquanto o grupo com idade acima de 35 anos registrou 84,1 pontos.

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