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Leilão de energia negocia 860,7 MW, com destaque para usinas de bagaço de cana

ENERGIA-USINA-CANA:Leilão de energia negocia 860,7 MW, com destaque para usinas de bagaço de cana

Economia|Do R7

SÃO PAULO (Reuters) - O leilão de energia nova A-5, com entrega a partir de 2026, negociou nesta quinta-feira 860,7 megawatts de potência, a um preço médio de 238,37 reais por MWh, de acordo com dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), que realizou o leilão juntamente com a reguladora Aneel.

As distribuidoras que declararam demanda para o leilão, segundo a CCEE, foram a Celpa, Cemar, CPFL Jaguari, CPFL Paulista e Light.

"O leilão teve sucesso porque conseguiu contratar toda a demanda declarada pelas distribuidoras", avaliou o gerente-executivo da Secretaria Executiva de Leilões da Aneel, André Patrus, em entrevista online a jornalistas.

O destaque do certame em termos de volume negociado foi a geração termelétrica, movida principalmente a bagaço de cana, que vendeu 301,2 MW, enquanto outro a partir de resíduo sólido urbano negociou 20 MW.


Os projetos de energia de usinas de cana responderam por potência negociada de 246,2 MW, enquanto um a cavaco de madeira negociou 55 MW.

O preço médio de venda dos projetos termelétricos foi de 271,26 reais por MWh, ante valor inicial de 365 reais. No caso do empreendimento a partir de resíduos, o valor de fechamento foi de 549,35 reais, versus 639 reais da cotação de partida.


Os projetos de geração solar venderam 236,4 MW de potência, seguidos pelos empreendimentos eólicos (161,3 MW) e hidrelétrico (141,9 MW).

Os menores preços fechados foram justamente para os projetos eólicos, a 160,36 reais por MWh, também com deságio ante o preço inicial de 191 reais, enquanto os solares tiveram valor de 166,89 reais por MWh, versus 191 iniciais. O projeto hidrelétrico negociou energia a 174,27 reais por MWh, ante 320 reais inicialmente.


O leilão, que movimentou 5,99 bilhões de reais, deverá gerar investimentos de 3,067 bilhões de reais, segundo dados da CCEE.

(Por Roberto Samora)

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