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Locadoras impulsionam resultado de setor automotivo em março

Produção do mês passado saltou 37,3% e vendas cresceram 53,1% na comparação com fevereiro, mostra Anfavea 

Economia|Do R7

Indústria produziu 536 mil carros no primeiro trimestre
Indústria produziu 536 mil carros no primeiro trimestre

As montadoras de veículos instaladas no Brasil tiveram forte crescimento de vendas e produção em março ante fevereiro e também na comparação anual, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (10) pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), que citou desempenho puxado por locadoras enquanto o varejo segue reprimido.

Enquanto a produção do mês passado saltou 37,3% na comparação com fevereiro, as vendas avançaram 53,1%, na mesma relação, para cerca de 222 mil e 199 mil unidades, respectivamente. Ante março de 2022, a produção cresceu 20% e os emplacamentos avançaram 35,5%.

No acumulado do primeiro trimestre, a indústria produziu 536 mil carros, comerciais leves, caminhões e ônibus, um crescimento de 8% sobre os três primeiros meses de 2022. Já os licenciamentos subiram 16,3%, para 471,8 mil veículos.

Os dados foram divulgados em um momento em que algumas montadoras no país fazem ajustes de produção, citando entre os fatores demanda fraca e problemas com oferta de componentes. Na semana passada, por exemplo, a fábrica de chassis de ônibus e caminhões da Mercedes-Benz em São Bernardo do Campo (SP) anunciou que irá reduzir de dois para um os turnos de produção a partir de maio.


Segundo a Anfavea, apesar dos números positivos de março, a produção acumulada no primeiro trimestre ainda está cerca de 50 mil unidades abaixo dos níveis pré-pandemia. "A fotografia do momento seria pior se não fossem as boas vendas para locadoras em março, 28% do total. Essas empresas ainda têm uma considerável demanda reprimida", afirmou em comunicado à imprensa o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite.

O executivo afirmou que nos três primeiros meses de 2023 o setor acumulou oito paralisações de fábrica e dois cancelamentos de turno, "algo semelhante às paradas verificadas no início de 2022". "A diferença é que no ano passado o motivo era somente a falta de componentes, enquanto agora já há outros fatores provocando férias coletivas, como o resfriamento da demanda", comentou.

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