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Medidas contra a covid-19 tiveram impacto de R$ 620,5 bi

Para a geração de empregos, foram destinados R$ 140,8 bilhões (22,7%) e o repasse para entes subnacionais somou R$ 105,5 bilhões (17,0%)

Economia|Do R7

O secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues
O secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues

As medidas adotadas pelo governo federal para minimizar o impacto da pandemia de coronavírus sobre a economia doméstica tiveram um impacto no resultado primário de R$ 620,5 bilhões. O dado foi divulgado nesta terça-feira (21), pelo Ministério da Economia.

De acordo com a pasta, impacto primário para "salvar vidas" foi o maior, de R$ 374,2 bilhões, o que representou 60,3% do total. Para a geração de empregos, foram destinados R$ 140,8 bilhões (22,7%) e o repasse para entes subnacionais somou R$ 105,5 bilhões (17,0%).

Crédito

O secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, destacou que as medidas ligadas ao crédito no combate à covid-19 tiveram um impacto de R$ 87,8 bilhões. Ele explicou que parte desses recursos foi proveniente da União e também enfatizou que as informações revelam o potencial de empréstimos, o crédito total produzido, o publico alvo e parâmetros financeiros, como prazo e taxas.

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Ele deu ênfase ao impacto das medidas relacionadas ao Programa Nacional de Apoio às Microempresa e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), que foram responsáveis por um impacto fiscal de R$ 27,9 bilhões, de acordo com a Pasta.

Rodrigues, disse também que o momento atual de pandemia do novo coronavírus é único para o Brasil e o mundo como um todo. Ele salientou que em todo o globo os governos despenderam mais de US$ 25 trilhões em medidas para atenuar os efeitos do surto sobre a economia. Há pouco, a Economia informou que as medidas para o combate aos efeitos da covid-19 tiveram um impacto no resultado primário deste ano de R$ 620,5 bilhões.


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"O Brasil não é exceção e tem feito ações céleres e com eficácia", considerou ele, durante entrevista coletiva virtual para comentar os dados da "Análise do Impacto Fiscal das Medidas de Enfrentamento da Covid-19". O secretário lembrou que desde abril a Pasta faz estas apresentações que têm como objetivo, segundo o secretário, ter mais transparência.


No início da sua apresentação, Waldery destacou que o objetivo da equipe econômica é o de atender ao teto de crescimento dos gastos públicos em sua integralidade. "Nossas diretrizes no enfrentamento da covid-19 eram de conter as despesas em 2020, mas algumas vão ficar para 2021", admitiu. Repetindo o ministro da Economia, Paulo Guedes, ele disse que as despesas que forem para a conta de 2021 têm que ter uma justificativa. "Estamos preparados no caso de haver demandas, para termos de capacidade de resposta. Este é um momento de análise e de serenidade."

Fundo do poço

O secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia afirmou que o "fundo do poço" da pandemia de coronavírus ficou para trás e que o mercado mostrou seu maior momento de incertezas em abril. Desde então, segundo ele, houve "fortíssima" redução das incertezas dos agentes. Para chegar a esta conclusão, Waldery levou em consideração os dados do Boletim Focus apresentados semanalmente pelo Banco Central. Além disso, o secretário também disse que houve uma convergência das projeções do mercado em direção às estimativas do Ministério da Economia.

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Waldery também citou gráficos que mostrariam o início da recuperação da atividade doméstica. "Os dados mostram que a recuperação é praticamente em V", afirmou. "No caso da indústria a perna da direita está até bem mais alta", comparou.

O secretário disse ainda que, apesar de a planilha apresentada hoje revelar que a dívida bruta deve ser de 93,3%, ele garantiu que o resultado será menor do que isso por causa dos ajustes feitos pelo IBGE para o Produto Interno Bruto (PIB) do País. "A dívida bruta vai ser bem menor do que os 100% que muitos previam. Claro que subiu de 2019 para agora, mas de maneira justificada", afirmou. Ele previu que o porcentual deva se situar em torno de 91%.

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