Mercado reduz previsão de inflação para 5,62%, a 16ª queda seguida
Recuo das expectativas de alta do índice oficial de preços para 2022 surge em linha com a sequência de três deflações seguidas e mostra a convergência do IPCA para o teto da meta
Economia|Do R7
Após a sequência de três deflações consecutivas, os analistas do mercado financeiro consultados pelo BC (Banco Central) derrubaram, pela 16ª semana consecutiva, as expectativas para a inflação deste ano.
A previsão atual é que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) encerre 2022 em 5,62%, ante alta prevista de 5,71%. Há quatro semanas, a expectativa era de um salto de 6% nos 12 meses finalizados no próximo dezembro.
As projeções apresentadas nesta segunda-feira (17) mostram o fim do ciclo de inflações no campo negativo. Para outubro, a previsão é de uma alta dos preços na casa de 0,33%. Em novembro e dezembro, os analistas projetam avanços de, respectivamente, 0,45% e 0,7% dos preços.
As previsões de alta menor dos preços surgem em linha com a redução da alíquota do ICMS sobre a gasolina e a energia elétrica nos estados — após o governo federal ter zerado o PIS/Cofins sobre a gasolina e o etanol até o fim deste ano.
As novas expectativas ainda mostram a convergência da inflação oficial para a meta estabelecida pelo governo para o período, de 3,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto (de 2% a 5%).
Para 2023, a previsão para o índice oficial de preços voltou a cair, e agora é de 4,97%, aposta pouco acima do teto da meta definida para o ano que vem. Já para 2024, as expectativas para o IPCA caíram de 3,47% para 3,43%.
Juntamente com as novas projeções, a aposta na cotação do dólar na chegada de 2023 segue em R$ 5,20. Para os preços administrados, como energia e combustíveis e planos de saúde, a expectativa voltou a subiu e passou para uma queda estimada em 4,37% neste ano, resultado a ser motivado pelo corte de impostos.