Obstáculo para votar reforma tributária seria ‘retrocesso’ ao país, afirma Pacheco
Presidente do Senado disse que regulamentação do texto seria forma de ‘coroar’ agenda de reformas estruturantes
Economia|Do Estadão Conteúdo
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), defendeu nesta terça-feira (5) que parlamentares e setores econômicos não coloquem “obstáculo intransponível” para votar a regulamentação da reforma tributária. “Isso seria um retrocesso ao nosso país, porque é a reforma mais difícil de ser feita e conseguimos fazer a partir de uma união muito saudável”, declarou.
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A fala se deu no 2º Simpósio da Liberdade Econômica, em Brasília junto do futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, do ministro Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos), do secretário da Reforma Tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, e do senador Efraim Filho (União Brasil-PB).
Pacheco defendeu que o Brasil conseguiu aprovar uma série de reformas econômicas nos últimos 10 anos, mesmo com turbulências políticas.
“A despeito de, nos últimos 10 anos o Brasil ter vivido turbulências, com impeachment de presidente, cassação de presidente da Câmara, prisão de ex-presidentes, pessoas indo às ruas insatisfeitas com a política, com uma crise sanitária que fez com que mudássemos nossos comportamentos, com ataques inimagináveis à democracia, o Brasil foi capaz de promover reformas estruturantes”, afirmou o presidente do Senado.
Pacheco citou uma série de propostas, que vão desde o teto de gastos e a reforma trabalhista, no governo de Michel Temer (MDB), a reforma da Previdência, no governo de Jair Bolsonaro (PL), e os projetos de transição energética (como o do combustível do futuro e do hidrogênio verde), o arcabouço fiscal e a reforma tributária, no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O presidente do Senado disse que a regulamentação da reforma tributária seria uma forma de “coroar” essa agenda de reformas estruturantes. “Ela é muito importante, longe de ser perfeita e ideal, mas importante para gerarmos uma nova era de expectativa” disse, alegando que “nada será definitivo ou imutável” no texto.