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Ovo de Páscoa está até 40% mais caro que em 2021, mostra pesquisa

Associação de supermercados afirma que outros produtos consumidos na data podem ter desaceleração de preço

Economia|Do R7

A estimativa do setor é uma alta de 36% nas vendas de chocolates nesta Páscoa
A estimativa do setor é uma alta de 36% nas vendas de chocolates nesta Páscoa

Os ovos de Páscoa estão até 40% mais caros nos supermercados neste ano, em relação a 2021. No entanto, produtos como bacalhau, chocolate, vinho, massa fresca, pescado e bombom tendem a apresentar menor aceleração nos preços até o feriado, ou mesmo, em alguns casos, uma leve redução.

A informação é de um estudo realizado pela Apas (Associação Paulista de Supermercados) segundo o qual os produtos mais consumidos na Páscoa estão com o preço em desaceleração, em comparação com o mesmo período do ano passado.

A estimativa do setor é de um aumento de 36% nas vendas de chocolates nesta Páscoa. “Em um setor competitivo como o supermercadista, sai na frente aquele que consegue negociar os melhores preços com os produtores, fornecedores e a indústria de modo geral. Essa capacidade de negociar, aliada ao mix de marcas e produtos disponíveis ao consumidor, reduz o impacto da inflação no bolso do consumidor”, avalia Ronaldo dos Santos, presidente da Apas.

A Páscoa é a terceira data mais importante para o varejo de alimentos, atrás do Natal e da Black Friday. A data costuma elevar o tíquete médio em 14% na comparação com o mês anterior.


Segundo levantamento da Apas, esse histórico e a redução dos índices de desemprego apresentados no início do ano fizeram com que 37% dos empresários do setor supermercadista ficassem mais otimistas com as vendas da Páscoa deste ano, em relação às do ano passado, enquanto 45% acreditam que o desempenho será semelhante ao de 2021.

Lembrancinhas

Neste ano, diversos supermercados estão mudando a configuração das ofertas de Páscoa, reservando espaços menores para as parreiras de ovos de chocolate, com apresentação de produtos menores (mais ovos de 250 g, em detrimento dos de 500 g a 1 kg do ano passado), além de maior disponibilização de chocolates e bombons. A tendência é que os consumidores optem por presentear com lembrancinhas, ou seja, com produtos menores e mais baratos. 

Os minimercados e lojas de proximidade (mercados de vizinhança) devem ofertar ovos de Páscoa como compra de emergência, apresentando ao cliente um reforço no mix das barras e caixas de chocolate. “O pequeno espaço disponível faz com que os gestores desses mercados sejam muito objetivos na escolha e na apresentação de seus produtos aos consumidores”, explica Diego Pereira, economista da Apas.

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