Pan, conhecida pelo cigarrinho de chocolate, pede falência à Justiça
Empresa estava em recuperação judicial desde 2021 e agora reconheceu incapacidade de honrar dívidas de R$ 260 milhões
Economia|Do R7
A Pan Produtos Alimentícios, conhecida por seus produtos de chocolate em formato de cigarro e moeda, entrou com pedido de autofalência na Justiça, na 1ª RAJ (Região Administrativa Judiciária) do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo).
Com o pedido, a empresa reconhece a incapacidade de honrar as dívidas e continuar operando. A Pan (cujo nome é um acrônimo de "produtos alimentícios nacionais") estava em recuperação judicial desde março de 2021, mas não obteve sucesso na retomada.
A empresa tem dívidas na casa de R$ 260 milhões e atualmente conta com 52 funcionários. A Pan havia solicitado uma extensão de 90 dias no prazo de recuperação judicial, que se encerrava há duas semanas.
O juiz pediu manifestações do administrador judicial Fabio Rodrigues Garcia e do MP (Ministério Público). Garcia foi contrário, e o MP ainda não se manifestou — mas já pediu a falência da companhia anteriormente três vezes.
Assim, restou à Pan pedir a autofalência. A companhia solicita ainda que, depois da falência, a Justiça conceda a ela um prazo de seis meses para “liquidar todos os débitos dos trabalhadores ativos e débitos pós-recuperação judicial”.
A Pan se notabilizou por produtos como os cigarros de chocolate, além de outros em formato de quadrado, moeda e peixe e o primeiro chocolate diet ao leite no Brasil. Também produzia as balas Paulistinha, inspiradas na Revolução Constitucionalista de 1932.
A reportagem procurou a Pan por telefone e email para comentar a autofalência, mas não houve resposta até a publicação desta matéria.