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Petrobras eleva diesel em 13% na refinaria após novo valor para subvenção

Economia|Do R7

Por José Roberto Gomes

SÃO PAULO (Reuters) - A Petrobras anunciou um aumento de 13 por cento no preço médio do diesel nas refinarias, em uma alta que deve ter impacto positivo em seu balanço financeiro, após a entrada em vigor de um novo valor de referência do programa governamental de subsídios ao combustível.

A alta, que permitirá que a estatal reajuste o preço após o valor seguir congelado em 2,0316 reais por litro desde o início da subvenção, em junho, agradou ao mercado. Mas pode dar margem para críticas entre caminhoneiros, que protestaram em maio contra a disparada do combustível mais consumido no país, disseram analistas.

O reajuste ocorre um dia após a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) publicar os novos valores de comercialização do diesel no Brasil, válidos até 29 de setembro, que nortearão a subvenção econômica oferecida pelo governo, uma das medidas tomadas para controlar os preços e acabar com as manifestações que afetaram a economia nacional.


Conforme a reguladora, que no início da semana já havia apresentado uma nova metodologia de cálculo para os preços de referência do derivado, o aumento refletiu o fortalecimento das cotações internacionais do produto e também do câmbio. São esperados reajustes mensais até o fim do ano.

"Tal aumento deve provocar algum barulho, no entanto, como alguns investidores vêm questionando, uma nova greve de caminhoneiros não foi mencionada na mídia e é pouco provável que ocorra novamente, na nossa visão", disseram analistas do BTG Pactual, em relatório.


Já o Bradesco BBI avalia que o valor do combustível nas bombas dos postos deve ficar 19 centavos por litro abaixo dos níveis vistos antes da greve, "já que o governo também removeu 16 centavos por litro em impostos".

"Assim, há a possibilidade de críticas --mas, dados os impactos da greve nas atividades em geral, acreditamos que o risco de outra paralisação é baixo", escreveram os analistas da instituição.


Quando a subvenção foi anunciada, a expectativa do governo era baixar o preço do diesel nos postos em até 46 centavos por litro. Na última semana, o combustível era vendido a uma média de 3,371 reais por litro nas bombas, ante 3,828 reais na virada de maio para junho.

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POSITIVO

O reajuste do diesel divulgado nesta sexta-feira pela Petrobras agradou ao mercado, conforme as avaliações dos analistas. Às 13h34, as ações preferenciais da companhia subiam 2,2 por cento.

"Isso é importante para a Petrobras, que é a maior fornecedora de diesel no Brasil e, portanto, a empresa com maior exposição ao programa (de subvenção)", destacou o Itaú BBA em nota a clientes.

Para o Santander, o reajuste foi positivo, já que nas últimas semanas o preço subsidiado, de 2,0316 reais por litro, não estava sendo suficiente, resultando em "perdas" para a companhia.

O Bradesco BBI projeta que a alta de cerca de 27 centavos nas refinarias terá um potencial impacto anualizado de 2,5 bilhões de dólares no Ebitda da petroleira, mas ponderou que o cenário político, com as incertezas envolvendo as eleições de outubro, podem adicionar alguma volatilidade.

Também nesta sexta-feira, a Petrobras anunciou que a partir de sábado o preço da gasolina nas refinarias irá a uma nova máxima dentro da era de reajustes diários, iniciada há mais de um ano.

O aumento será de 1,54 por cento, para 2,1704 reais por litro.

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(Por José Roberto Gomes; reportagem adicional de Stéfani Inouye)

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