Pix bate novo recorde e supera 224 milhões de transações em um dia
Novo marco foi registrado na sexta-feira (5), informou o Banco Central
Economia|Do R7
As transações via Pix bateram um novo recorde para um único um dia, com 224,2 milhões de operações registradas na sexta-feira (5). O número foi informado pelo Banco Central nesta segunda-feira (8). O recorde anterior, registrado em 7 de junho, era de 206,8 milhões de transações pelo sistema de pagamentos em tempo real.
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“Os números são mais uma demonstração da importância do Pix como infraestrutura digital pública, para a promoção da inclusão financeira, da inovação e da concorrência na prestação de serviços de pagamentos no Brasil”, diz o BC, em nota.
O Pix foi criado em dezembro de 2020 e, desde então, já soma ao menos 160 milhões de usuários. Desse total, 150 milhões são de pessoas físicas e 14 milhões de empresas.
O sistema é o meio de pagamento mais popular no país pelo segundo ano seguido e encerrou 2023 com quase 42 bilhões de transações, um crescimento de 75% em relação ao ano anterior. As transações do Pix superaram as de cartão de crédito, débito, boleto, TED, DOC, cheques e TEC no Brasil, que juntas totalizaram 39,4 bilhões.
Pix automático
A partir de 28 de outubro deste ano, o Pix automático começa a valer. Na prática, a nova forma de pagamento será semelhante ao débito automático, que pode ser autorizado nas contas bancárias, com a diferença de que poderá ser feito por Pix.
Segundo o BC, a modalidade será a única novidade deste segundo semestre, conforme agenda evolutiva do Pix.
O Pix automático poderá ser usado para fazer pagamentos, como contas de água, luz, telefone, condomínio, escola, plano de saúde etc. A pessoa só precisa dar autorização prévia para o início das cobranças. Depois, os débitos serão feitos automaticamente.
A principal vantagem em relação ao débito automático, conforme a autoridade monetária, além da instantaneidade nas transações, será a não cobrança de tarifas, no caso de pessoas físicas. O Pix automático poderá alcançar uma quantidade maior de usuários, na comparação com o débito automático.
Para quem recebe o dinheiro — as empresas —, o BC afirma que o Pix automático tem o potencial de aumentar a eficiência, diminuir os custos dos procedimentos de cobrança e reduzir a inadimplência.
Como vai funcionar
Quem tem conta bancária e desejar aderir ao Pix automático precisará apenas informar à empresa (concessionária de energia ou administradora do condomínio, por exemplo) que quer adotar a nova modalidade. A empresa, por sua vez, deverá enviar a proposta do Pix automático ao cliente, via notificação. Estando de acordo, o cliente poderá aderir ao pagamento instantâneo.
O Pix automático será oferecido a pessoas físicas e jurídicas. No caso de pessoas físicas, a oferta da modalidade será obrigatória aos bancos e gratuita para os clientes. Já para as pessoas jurídicas, os bancos poderão escolher se desejam ou não disponibilizar esse tipo de pagamento para cada empresa.
Pix por aproximação
O Pix por aproximação será lançado em fevereiro de 2025, como anunciado na última quinta-feira (4) pelo Banco Central, com as novas regras para o sistema Open Finance.
“A partir do ecossistema do Open Finance, da simplificação da jornada de pagamento, vai ser possível a gente ter o Pix por aproximação”, disse o diretor de Regulação do BC, Otávio Damaso.
Segundo a instituição, as novas regras vão diminuir etapas nos pagamentos online e oferecerão o Pix nas carteiras digitais, as chamadas wallets.
As novas regras também ampliam o escopo de instituições que participam do Open Finance, passando a abranger instituições financeiras relevantes em segmentos, como, por exemplo, investimento e operações de câmbio.