Os preços do petróleo subiram mais de 3% nesta terça-feira (10), conforme investidores ficavam mais confiantes de que os Estados Unidos e a China resolveriam sua disputa comercial sem prejudicar a economia global, enquanto as tensões no Oriente Médio e a fraqueza do dólar também apoiavam os preços.
Os futuros do petróleo Brent saltaram US$ 2,39, ou 3,5%, para fechar a US$ 71,04 o barril. Foi o maior ganho percentual diário desde setembro. Em negociações pós-fechamento, o Brent atingiu US$ 71,34, sua máxima desde dezembro de 2014.
Os futuros do petróleo dos EUA (WTI) subiram 3,3%, ou US$ 2,09, fechando a US$ 65,51 por barril.
"Esse foi outro grande dia", disse Bill Baruch, presidente da Blue Line Futures. "Há temores de uma guerra comercial se apaziguando, geopolíticas, e um dólar mais fraco em jogo", disse Bruch.
O presidente Xi Jinping prometeu nesta terça-feira abrir ainda mais a economia chinesa e baixar as tarifas de importação, adotando um tom conciliatório sobre as tensões comerciais entre seu país e os Estados Unidos.
As tensões no Oriente Médio também sustentaram os preços, disse Phillip Streible, analista da RJO Futures. "Os mercados de petróleo estão se recuperando da crescente especulação sobre Trump e Síria", disse Streible.
O presidente dos EUA, Donald Trump, prometeu uma resposta rápida a um suspeito ataque químico na Síria. Tal resposta provavelmente aumentará a pressão para que os Estados Unidos abandonem o acordo nuclear com o Irã, disse Streible, dado o apoio do Irã ao governo sírio.