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Prévia da inflação volta a ganhar ritmo e sobe 0,69% em junho

Com a aceleração, o IPCA-15 acumula alta de 12,04% nos últimos 12 meses, nível três vezes acima da meta do governo, mostra IBGE

Economia|Do R7

Aceleração da prévia da inflação foi guiada por alta de 3% dos planos de saúde
Aceleração da prévia da inflação foi guiada por alta de 3% dos planos de saúde Aceleração da prévia da inflação foi guiada por alta de 3% dos planos de saúde

Depois de perder força e subir 0,59% no mês de maio, a prévia da inflação oficial de preços voltou a acelerar e saltou 0,69% em junho, mostram informações divulgadas nesta sexta-feira (24) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Com a variação, o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15) passou a acumular alta de 5,65% em 2022 e de 12,04% nos últimos 12 meses, patamar menor do que o registrado em maio (+12,2%), mas ainda três vezes superior à meta estabelecida pelo governo para este ano.

Diante da recente aceleração dos preços, o BC (Banco Central) já admite que os índices oficiais vão superar a meta estabelecida pelo CVM (Conselho Monetário Nacional) para a inflação em 2022, de 3,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto (de 2% a 5%), pelo segundo ano consecutivo.

No período da pesquisa, a maior influência da inflação partiu dos preços dos planos de saúde – com elevação de 2,99% –, que sofreram reajuste de até 15,5% autorizado pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) em 26 de maio, com vigência a partir de maio de 2022. O movimento contribuiu para o salto de 1,27% do grupo de saúde e cuidados pessoais.

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Setores

Combustíveis ficaram 0,55% mais baratos em junho
Combustíveis ficaram 0,55% mais baratos em junho Combustíveis ficaram 0,55% mais baratos em junho

Na passagem de maio para junho, todos os grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram alta em junho, com maior impacto ainda do grupo de transportes, que subiu 0,84%, variação que corresponde a uma desaceleração em relação a maio (+1,8%).

A alta como menor força do segmento se deu pela queda nos preços dos combustíveis (-0,55%), que haviam subido 2,05% em maio. Embora tenha sido registrado aumento em óleo diesel (+2,83%), o etanol e a gasolina caíram 4,41% e 0,27%, respectivamente.

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No lado das altas, destacam-se as passagens aéreas (+11,36%), o seguro voluntário de veículo (+4,2%) e o emplacamento e licença (+1,71%). Também subiram de preço as motocicletas (+1,66%) e os automóveis novos (+1,46%) e usados (+0,12%).

No grupo habitação, que havia registrado a única queda de maio (-3,85%), a alta de 0,66% foi puxada pela taxa de água e esgoto (4,29%), influenciada pelos reajustes aplicados nas cidades de Belém (+11,41%), São Paulo (+10,99%) e Curitiba (+4,51%). Também colaborou para a alta o subitem gás encanado (+2,04%), consequência dos reajustes em Curitiba (7,98%) e no Rio de Janeiro (+3,28%).

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Alimentos

O preço dos itens que fazem parte do grupo de alimentação e bebidas subiu 0,25% na prévia da inflação, percentual que representa uma perda de fôlego na comparação com a alta de 1,52% apurada para o segmento no mês de maio. 

A desaceleração teve influência dos alimentos para consumo no domicílio, que saíram de 1,71% em maio para 0,08%. Entre os produtos, o destaque principal partiu do leite longa vida, que havia subido 7,99% em maio e registrou alta de 3,45% em junho.

Houve ainda queda nos preços da cenoura (-27,52%), do tomate (-12,76%), da batata-inglesa (-8,75%), das hortaliças e verduras (-5,44%) e das frutas (-2,61%).

Já no campo de alimentação fora de casa, a alta também foi menos intensa na passagem de maio para junho (de 1,02% para 0,74%), principalmente por conta do resultado do item lanche, que subiu 1,1%, ante variação de 1,89% no mês anterior. A refeição, por sua vez, apresentou resultado acima do registrado em maio (+0,7%).

Luta pela meta

Os resultados dos índices de preço motivaram a taxa básica de juros ao maior patamar desde 2016. De acordo com a autoridade monetária, o ciclo de alta da taxa Selic deve persistir em agosto e os juros continuarão elevados por um período “para o redor da meta no horizonte relevante”.

As decisões recentes levam em conta que a taxa Selic é a principal ferramenta monetária para combater a inflação, já que os juros mais altos encarecem o crédito e reduzem a disposição para consumir, o que tende a puxar os preços para baixo em uma ação para equilibrar a oferta e a demanda pelos bens e serviços disponíveis na economia.

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