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Produção industrial brasileira cresce 0,7% em fevereiro

Resultado positivo não reverte perda de 2,4% de janeiro e mantém o setor abaixo do patamar pré-pandemia, indica IBGE

Economia|Do R7

Houve alta de produção em todos os grandes setores da indústria
Houve alta de produção em todos os grandes setores da indústria Houve alta de produção em todos os grandes setores da indústria

A produção industrial brasileira reverteu parte do desempenho negativo apurado em janeiro e aumentou 0,7% em fevereiro, na comparação com o mês anterior, apontam dados divulgados nesta sexta-feira (1º) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Mesmo com o resultado positivo, o setor permanece 2,6% abaixo do patamar de antes do início da pandemia. Também está 18,9% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011.

Somente no mês de janeiro, o segmento encolheu o 2,4%, com queda da produção em 10 dos 15 locais pesquisados pela PIM (Pesquisa Industrial Mensal). Com as variações, a indústria acumula queda de 5,8%. Em 12 meses, o setor apresenta alta acumulada de 2,8%.

Para André Macedo, gerente responsável pela pesquisa, os resultados não são surpreendentes, já que os meses de janeiro são caracterizados pela redução de jornadas de trabalho e pelo movimento maior de férias coletivas. "Em fevereiro, há o retorno normal ao trabalho, que impulsiona a produção do mês", destaca ele.

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Macedo observa ainda que, apesar do resultado positivo em fevereiro, a indústria acumula queda de 4,3% em relação ao mesmo mês do ano anterior e recuo de 5,8% no acumulado de 2022. A taxa positiva no acumulado em 12 meses indica perda de intensidade, que ocorre desde agosto.

“Dois anos após o início da pandemia, a indústria ainda está abaixo daquele patamar. Isso pode ser explicado pelo desarranjo das cadeias produtivas, já que as indústrias ficaram com dificuldade de acesso a matéria-prima e insumos. Pelo lado da demanda doméstica, há inflação alta, juros em elevação, mercado de trabalho ainda com contingente elevado de trabalhadores fora dele e a massa de rendimento que também não avança. São características que ajudam a entender esse cenário da indústia”, aponta Macedo.

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Setores

O avanço da indústria em fevereiro contou com o aumento da produção em todas quatro grandes categorias econômicas e em 16 dos 26 ramos pesquisados. Entre as atividades, as influências positivas mais importantes vieram das indústrias extrativas (5,3%) e de produtos alimentícios (2,4%).

Macedo explica que o desempenho positivo do setor extrativo ocorre devido à queda de 5,1% apurada em janeiro, em razão do maior volume de chuvas em Minas Gerais, o que prejudicou a extração do minério de ferro.

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"Com a normalização das chuvas, houve uma regularização da produção. Já o setor de alimentos teve seu quarto mês positivo de crescimento, acumulando no período ganho de 14%. Em fevereiro, os destaques foram a produção de açúcar e carnes e aves, dois grupamentos importantes dentro do setor de alimentos”, avalia ele.

Outras contribuições positivas vieram de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (12,7%), veículos automotores, reboques e carrocerias (3,2%), metalurgia (3,3%), bebidas (4,1%), outros equipamentos de transporte (15,1%) e produtos de borracha e de material plástico (2,9%).

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