A expectativa é que os veículos não deixem as empresas, para evitar problemas nas rodovias
SANDRO PEREIRA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO-09/09/2021A FUP (Federação Única dos Petroleiros) e sindicatos filiados apoiam a greve dos transportadores de combustíveis, iniciada nesta quinta-feira (21), contra a alta do preço desses produtos, principalmente o diesel, e o impacto direto sobre a inflação e o custo de vida do brasileiro.
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"Os seguidos reajustes nos preços dos combustíveis são consequência da equivocada política de PPI [Preço de Paridade de Importação], adotada pela gestão da Petrobras e mantida pelo governo Bolsonaro", criticou a FUP.
A política de preços da Petrobras se baseia nas cotações internacionais do petróleo, na variação do dólar e nos custos de importação, o que é contestado pela entidade pelo fato de o Brasil ser autossuficiente em petróleo, ou seja, tem grande parte de seus custos em real.
"Enquanto o PPI não mudar, a inflação, que já supera 10% em doze meses, vai continuar sua cruel trajetória de alta, impulsionada pelos combustíveis e gás de cozinha, cujo preço do botijão de 13 quilos já supera R$ 100,00, o equivalente a cerca de 10% do salário mínimo", criticou a FUP.
A paralisação dos transportadores de combustíveis tem os preços elevados desses produtos como motivação. A expectativa é que os veículos não deixem as empresas para evitar problemas nas rodovias, como ocorreram em outras greves.
Outra greve, de cargas em geral, está prevista para o dia 1º de novembro.