Trump diz que aplicará tarifas de 50% a países com que os EUA não tenham boas relações
Durante a semana, o presidente norte-americano fechou acordos com países como Japão e Indonésia
Economia|Do R7, em Brasília
RESUMO DA NOTÍCIA
Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

O presidente dos Estados, Donald Trump, voltou a afirmou nesta quarta-feira (23) que pretende adotar uma política tarifária mais rígida para países que, segundo ele, mantêm relações comerciais “desequilibradas” com os EUA. Em declaração feita durante uma cúpula sobre inteligência artificial em Washington, Trump afirmou que países assim poderão enfrentar tarifas de até 50%.
“Vamos aplicar tarifas diretas, simples, entre 15% e 50%, dependendo do histórico de relacionamento com cada país”, afirmou Trump. “Alguns países receberão os 50% porque simplesmente não temos tido boas relações com eles”, completou.
Ele não citou o Brasil. Porém, desde que enviou uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva falando que iria taxar o país em 50%, não abriu canais para diálogos sobre o assunto.
As novas tarifas estão previstas para entrar em vigor a partir de 1º de agosto. E o governo federal afirmou que pode exercer a Lei da Reciprocidade, ou seja, aplicar as mesmas tarifas com os EUA.
Com isso, cresce a preocupação entre exportadores brasileiros, sobretudo dos setores agrícola e industrial, que têm os Estados Unidos como um dos principais mercados consumidores.
Outros países
O plano de novas tarifas pensada por Trump, que atinge quase todos os parceiros comerciais dos EUA, inclui exceções para países que conseguirem fechar acordos bilaterais específicos.
Na terça-feira (22), por exemplo, Trump anunciou a redução de uma tarifa de 25% sobre o Japão para 15%, após o país asiático concordar em remover restrições a produtos norte-americanos e apoiar um fundo de investimento de US$ 550 bilhões.
Outras nações, como Índia, Coreia do Sul e membros da União Europeia, seguem negociando para evitar as tarifas mais elevadas. Trump, no entanto, tem sinalizado pouco interesse em negociações extensas e disse que, diante do grande número de países, “é impossível negociar com todos”.
Apesar da retórica direta, Trump deixou aberta a possibilidade de acordos futuros. “Se a União Europeia concordar em abrir seus mercados para as empresas americanas, então poderemos permitir que paguem tarifas menores”, declarou.
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