Venda de veículos automotores no Brasil cresce 2,9% em setembro
Quantidade vendida no país no mês foi de 243,2 mil unidades
Economia|Do R7
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Nesta quinta-feira (9), foi inaugurada a primeira fábrica chinesa de carros elétricos e híbridos no Brasil, com um investimento de cerca de R$ 5 bilhões. No mês de setembro, as vendas de veículos automotores subiram 2,9% em relação ao mesmo período de 2024.
A quantidade de veículos novos vendida no mês foi de 243,2 mil unidades, segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores.
Em entrevista para o Conexão Record News, o professor e coordenador da área automotiva da FGV, Antônio Martins, explica que o Brasil, por ser um país imerso no mercado automotor, enfrenta os desafios impostos para o mercado internacional, como a guerra tarifária, por exemplo.
“O mercado brasileiro não é o suficiente para as empresas se manterem, então a visão hoje precisa se ampliar, principalmente para outros países da América Latina, da África e até alguns países da Europa”, ressalta o especialista.
Segundo o professor, a melhoria do aumento nas vendas de veículos se deve a um incentivo concedido pelo governo para a possibilidade de “dar o carro de entrada” — veículos identificados como voluntários para a descarbonização automotiva do país —, gerando uma queda nos preços e um estímulo de necessidade aos cidadãos para adquirir o produto “mais barato e sustentável”. Este fator também pode culminar num aumento na competitividade para as fábricas automotoras nacionais.
Martins ainda enfatiza que a fábrica inaugurada no estado da Bahia já trazia veículos ao mercado brasileiro por meio da exportação da China. Mas, para ele, o diferencial — com a instalação da montadora — será o nível de competitividade que tende a se alterar.
“Reduzindo a escala de exportação da China para o Brasil, haverá exatamente um aumento de custos e isso, de uma forma geral, tende a favorecer as indústrias aqui instaladas. Inclusive, eu diria que a estratégia adotada pelo governo foi no sentido de provocar essa maior competitividade”, diz o professor.
Mas a real questão do assunto seria o custo benefício para os consumidores brasileiros, de acordo com o especialista: “Na medida que inicia a fabricação nacional através de módulos, tem automaticamente de haver um aumento de custo por parte desses fabricantes brasileiros”.
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