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Como falar para os filhos que eles não estão de férias?

Suspensão das aulas por causa do coronavírus cria conflito entre pais e filhos. Saiba como falar sobre prevenção e empatia com os mais novos

Educação|Karla Dunder, do R7

Como orientar os filhos que eles não estão de férias, mas em isolamento
Como orientar os filhos que eles não estão de férias, mas em isolamento Como orientar os filhos que eles não estão de férias, mas em isolamento

Após a suspensão das aulas para conter a disseminação da doença Covid-19, causada pelo coronavírus, as famílias precisam explicar para as crianças e adolescentes que eles não estão de férias. Tarefa nada fácil.

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Luciana Coelho é mãe de dois meninos, Leonardo e Miguel. "Difícil convencê-los de que não é hora de descer para jogar bola, nem chamar os amigos para jogar videogame em casa", desabafa.

A maior parte das escolas da rede particular e muito em breve da rede pública investe em vídeoaulas e conteúdo online para que os estudantes não percam o ritmo de aprendizagem. Mesmo assim, sobra tempo livre e vontade de estar com os amigos. 

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"Adolescentes e crianças não têm a dimensão de tudo o que está acontecendo, neste momento, com muita serenidade, sem causar pânico, é preciso conversar com os filhos e explicar que o isolamento é uma atitude de emergência e prevenção, este é um momento de cuidar da saúde e ser solidário aos mais vulneráveis", orienta a psicopedagoga Ivone Scatolin.

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Para Claudia Petri, coordenadora de implementação regional do Itaú Social, o debate de forma lúdica ajuda as crianças e os adolescentes a processar as informações. "Quando conversamos, eles também estão produzindo conhecimento."

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Rotina de atividades deve continuar em casa
Rotina de atividades deve continuar em casa Rotina de atividades deve continuar em casa

É hora de reorganizar a rotina. Para isso, os adultos devem manter a calma. "Tudo é muito novo para todos, é preciso manter a serenidade para que a ansiedade e o medo não atrapalhem esse processo de adaptação", explica. "Emoções controladas, o primeiro passo é o diálogo e o acolhimento", concorda Ivone.

Também é o momento de estabelecer uma nova rotina, mostrar que mesmo as pessoas que estão trabalhando em casa não param de produzir. "Deixar claro que é uma fase que vai passar se todos colaborarem e é o adulto que precisa dar o exemplo. As crianças e os adolescentes têm a tendência de achar que tudo é festa e não é. Não adianta não ir para a escola e ficar no salão do prédio, jogando com os amigos é um tempo de recolhimento," observa Ivone.

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"A conscientização é fundamental neste momento que é uma forma de conter a disseminação. O ideal é manter a rotina como se a criança ou o adolescente estivesse na escola respeitando os horários de estudo e traçar um parelelo ao trabalho em casa: do mesmo jeito que estou trabalhando, você está estudando."

Como convencer a criança? É um exercício da autoridade dos pais, não de forma autoritária, mas de conscientização e com base no diálogo. Para Ivone, os pais não podem ser permissivos. "Crianças e adolescentes não podem ficar soltos, eles não estão prontos para isso, é preciso colocar limites, monitorar e mostrar para os filhos que isso é importante para eles também."

Dicas:

- Conversar sem causar pânico

- Falar sobre riscos, sobre cuidados com a saúde e com os mais vulneráveis

- Ouvir as crianças e debater com elas, esclarecer as dúvidas

- Estabelecer uma rotina de estudo

- Exercer a autoridade

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