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Educação

Estudante não acredita que vai entrar na universidade pública, afirma avaliador do Inep

Desesperança é um dos motivos que levaram à queda de 60% das inscrições do Enem na última década, segundo pesquisa 

Educação|Vivian Masutti, do R7

Menos estudantes têm se inscrito para o Enem nos últimos anos
Menos estudantes têm se inscrito para o Enem nos últimos anos

Redução de contratos do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies), baixa perspectiva profissional e falta de confiança de que é possível passar em uma universidade pública são apontados como causas da queda no número de inscrições do Exame Nacional do Ensino Médio.

A análise é de Rodrigo Bouyer, avaliador do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e sócio da Young, empresa especializada em captar e auxiliar estudantes no ingresso a universidades.

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Segundo estudo publicado nesta semana, houve uma queda de quase 20% dos inscritos em ano de conclusão de ensino médio na comparação de 2022 com 2013 e uma queda de quase 60% no número de estudantes que já haviam terminado o ensino médio em anos anteriores.

"O que observamos aqui na Young, ao conversar com muitas destas pessoas, é que existem dois motivos que são mais proeminentes para explicar essa queda: a redução da disponibilidade de novos contratos no Fies e a desesperança de ingresso nas universidades públicas”, afirma Bouyer.


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Em 2014, o Fies teve 732 mil contratos assinados. Já em 2021, apenas 45 mil foram ofertados, representando uma queda de quase 94% de novos contratos.


“É importante ressaltar, ainda, que o Fies também poderia ser conquistado pelos estudantes veteranos, o que foi uma solução importante para muitas famílias que se uniam para pagar as mensalidades de um de seus integrantes.”

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Bouyer também afirmou que parte da redução ocorreu por conta do valor acessível de algumas universidades particulares que, muitas vezes, têm mensalidades menores do que as de uma escola.

“Além da questão financeira, existem fatores que diminuem o interesse de uma fatia da população pelas universidades públicas, como a distância de casa, a insegurança no campus e no deslocamento e o horário das aulas, além do prestígio de algumas universidades privadas”, declara o educador.

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