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Educação

Estudantes da faculdade de direito da USP aderem à greve por contratação de professores

Universidade perdeu 818 docentes desde 2014, resultado de anos de crise financeira e do congelamento de vagas na pandemia

Educação|Do R7

Prédio do largo de São Francisco, sede da faculdade de direito da USP
Prédio do largo de São Francisco, sede da faculdade de direito da USP

Após a entrada dos professores da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP), agora é a vez dos estudantes da faculdade de direito aderirem à greve de estudantes iniciada pelos alunos da FFLCH, que demanda novas contratações de professores. Uma assembleia geral realizada na noite da segunda-feira, dia 25, decidiu pela adesão do corpo estudantil do curso.

Segundo o centro acadêmico 11 de Agosto, responsável pela reunião, dos 630 estudantes presentes, 606 votos foram positivos a inclusão. A greve começa nesta terça-feira, dia 26, com as negociações das pautas e uma nova reunião deve ser realizada na próxima segunda-feira, dia 2, para decidir os próximos passos do grupo.

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Dentre as reivindicações estudantis, a principal é a disponibilização de vagas para novos docentes efetivos e a garantia das políticas afirmativas na reserva de vagas para os concursos públicos. Também são exigidas melhores condições de permanência estudantil.

A USP perdeu 818 professores entre 2014 e 2023. São 15% a menos docentes, com o mesmo o número de alunos, resultado de anos de crise financeira e do período de pandemia, quando não foram autorizadas novas contratações. A FFLCH, responsável pelo início da greve, é uma das faculdades mais prejudicadas.


A reitoria da universidade afirma manter em curso um esforço para a contratação de docentes de forma escalonada até 2025. Uma parte das vagas foram adiantadas, mas a maioria dos novos professores só deve chegar no próximo ano.

"Temos 641 vagas para preencher e 238 já foram preenchidas. Ao final desse esforço, a USP terá o mesmo número de professores e professoras de 2014", afirmou a universidade em nota publicada na última quinta-feira, dia 21.


Como parte da greve que começa nesta terça-feira, o centro acadêmico afirmou que as entradas da faculdade de direito serão interditadas com uso de cadeiras e mesas. Aulas online serão vetadas e sofrerão intervenção.

Uma reunião de negociação com a reitoria está marcada para ocorrer nesta quinta-feira, dia 28, e uma assembleia geral da universidade, na sexta-feira, dia 29, ambas na Cidade Universitária.

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