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USP em greve: com adesão de todas as unidades da capital, interior pode parar e diretoria reage

Principais reivindicações de alunos e professores são a contratação de docentes e a ampliação da política de permanência estudantil

Educação|Beatriz Kawai* e Vivian Masutti, do R7

Alunos pedem contratação de docentes efetivos
Alunos pedem contratação de docentes efetivos Alunos pedem contratação de docentes efetivos

A greve da Universidade de São Paulo (USP) por contratação de professores e políticas de permanência estudantil, que começou na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), ganhou a adesão de todas as 29 unidades da instituição na capital. Os líderes da paralisação agora querem chegar aos campi do interior do estado.

No dia 26, estudantes da Faculdade de Direito e da Escola Politécnica entraram no movimento. Dois dias depois, foi a vez dos alunos de medicina, terapia ocupacional, fonoaudiologia e fisioterapia, cursos localizados em Pinheiros.

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No último fim de semana, também aderiram à greve os estudantes da FEA (Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária), da EEFE (Escola de Educação Física e Esporte), da FOUSP (Faculdade de Odontologia) e da FCF (Faculdade de Ciências Farmacêuticas).

Com isso, todas as faculdades e institutos da Cidade Universitária, no Butantã, estão sem aulas — assim como a USP Leste. Líderes do movimento querem que a greve chegue às unidades localizadas no interior do estado, como os campi de Bauru, Lorena, Piracicaba, Pirassununga, Ribeirão Preto e São Carlos.

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Alunos, professores e representantes da reitoria discutiram as pautas na última quinta-feira (28), mas não chegaram a um acordo. 

Entre as 12 reivindicações dos grevistas está a volta do mecanismo de gatilho automático que assegurava a contratação de um novo docente para substituir outro em casos de aposentadoria, exoneração ou morte.

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Entre 2014 e 2023, a universidade perdeu 818 professores, segundo dados da Adusp, a Associação de Docentes da Universidade de São Paulo.

Na última sexta-feira (30), diretores da USP divulgaram uma carta em defesa do reitor, Carlos Carlotti Júnior. O documento criticou "intervenções físicas que bloqueiam o acesso aos espaços da universidade, em alguns casos acompanhadas de constrangimento a professores". O texto atribuiu o déficit de docentes à gestão anterior e destacou o trabalho feito na política de ingresso e permanência estudantil.

"No último vestibular, 54% dos alunos aprovados são provenientes de escolas públicas, com 27% de estudantes pretos, pardos e indígenas, demonstrando a efetividade das políticas de inclusão no ingresso. Para dar plenas condições aos estudantes em vulnerabilidade socioeconômica, a Universidade ampliou em 60% o investimento em bolsas e com reajuste de valores que não têm paralelo na história da insituição", diz um trecho da carta.

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* Sob a supervisão de Vivian Masutti

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