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Mensalidade vai subir em 91% das escolas; reajuste pode chegar a 12%

Mais da metade das instituições privadas prevê incremento entre 7% e 10% na cobrança para o ano que vem, aponta estudo

Educação|Do R7

Meta de rematrículas ainda não foi atingida pelas escolas
Meta de rematrículas ainda não foi atingida pelas escolas Meta de rematrículas ainda não foi atingida pelas escolas

Após dois anos marcados por perdas causadas pela pandemia do novo coronavírus, 90,9% das escolas particulares planejam reajustar a mensalidade dos alunos no próximo ano letivo.

Dados apresentados por um estudo da Meira Fernandes mostram que a variação de reajustes pode superar os 12%, alta avaliada por 9,1% das instituições privadas de ensino.

Para mais da metade das escolas (53%), o aumento da mensalidade estudado deve ficar entre 7% e 10%. Altas entre 5% e 7% são planejadas por 16,7% das instituições e um incremento entre 10% e 11% é visto como adequado para 7,6% dos colégios.

Entre as escolas que desejam aumentar o valor da mensalidade, 6,1% ainda não definiram qual é o reajuste adequado. Há ainda 1,5% de instituições que estimam aumento entre 1% e 3% e outros 6,1% esperam elevar os boletos em um percentual entre 3% e 5%.

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“Temos conversado muito com os mantenedores e o mercado e percebemos que os reajustes que estão sendo considerados são muito mais em caráter de reposição da inflação atual e também uma maneira de repor todos os investimentos que foram gastos ao longo de 2020 e 2021", afirma Mabely Meira Fernandes, diretora do instituto responsável pela pesquisa.

Ela cita que os aumentos estão relacionados com as perdas causadas pela adoção de novas tecnologias para suprir a demanda do ensino a distância e, posteriormente, pelo ensino híbrido, que passou a ser uma obrigatoriedade.

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Rematrícula

O estudo mostra ainda que nenhuma das instituições de ensino pesquisadas já atingiu 100% da meta de rematrículas pretendida para o ano que vem. Entre elas, quase dois terços (65,2%) têm o saldo de confirmados para 2022 na faixa entre 50% e 80% do planejado.

Ao serem questionadas sobre as expectativas para o contingente de alunos para 2022, 34,8% das instituições privadas de ensino disseram esperar pela recuperação de 50% ou mais da capacidade das salas de aula no próximo ano.

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Mabely destaca que a previsão dos donos de escolas leva em conta que os pais e responsáveis estão esperando a primeira parcela do 13º salário ser paga para renovar o compromisso com as instituições de ensino.

"Percebemos que os mantenedores também estão sempre abertos ao diálogo e a uma negociação positiva para evitar a evasão da matrícula. Por outro lado, temos os pais que também estão buscando um equilíbrio justo nos índices e querem evitar o choque de uma mudança não planejada de escola para seus filhos e o desgaste social e emocional que ela causa", avalia a diretora.

Para Reinaldo Domingos, presidente da Abefin (Associação Brasileira de Educadores Financeiros), os pais não podem ter medo de conversar com o setor financeiro da escola e pedir descontos. "Quanto mais cedo for essa conversa, maior será a chance de ter sucesso na negociação. Um bom argumento para conseguir descontos é verificar a possibilidade de adiantar o pagamento de mensalidades na hora da matrícula, assim a escola terá um sinal de segurança de que os valores serão pagos o ano todo", orienta ele.

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