Redação do Enem 2025: veja como se preparar e confira temas que podem cair
Professores sugerem estratégias para a obtenção de nota máxima e analisam tendências de temas passados e atuais
Educação|Luiza Marinho*, do R7, em Brasília
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Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7
O Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) de 2025 se aproxima, e milhões de estudantes de todo o país se preparam para a prova mais aguardada do calendário escolar.
O exame será realizado em 9 e 16 de novembro nas 27 unidades da Federação, com exceção de Belém, Ananindeua e Marituba (PA), onde as provas ocorrerão nos dias 30 de novembro e 7 de dezembro em função da COP30.
Além de avaliar conhecimentos em diferentes áreas, o Enem exige que os candidatos apresentem uma redação dissertativo-argumentativa. A pontuação obtida com o texto pode ser decisiva para o ingresso em universidades públicas e privadas, programas de bolsas e oportunidades no exterior.
Professores de letras ouvidos pelo R7 destacam que a chave para conquistar uma redação nota 1.000 está na consistência, coesão, domínio da norma culta e capacidade de propor soluções concretas para problemas sociais, sempre respeitando os direitos humanos.
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Redação nota 1.000
Para Danielle Batista, professora da RIS (Rio International School), uma redação nota 1.000 se destaca pela consistência em todos os critérios: domínio da norma-padrão, repertório sociocultural bem articulado, estrutura coerente e argumentação profunda.
“O diferencial está em como o candidato conecta ideias com clareza, apresenta repertórios pertinentes e propõe uma intervenção possível e detalhada, sem fugir ao tema. É um texto maduro, coeso e que demonstra autoria”, explica.
O professor Arthur Gonçalves Marques Pacheco, também da RIS, complementa que é importante ter referências atuais e assuntos que fazem parte do cotidiano do aluno.
“Quando o candidato usa elementos da sua vida e de seu convívio, consegue transmitir com mais fidelidade o assunto que se pede”, constata.
Como treinar a escrita
Danielle Batista explica que a escrita é uma habilidade que se constrói com constância. Para a professora, é essencial praticar toda semana, revisando os próprios textos e buscando compreender os erros.
“Ler bons modelos de redação, assistir a notícias e discutir temas atuais também ajudam a ampliar o repertório. Além disso, é importante escrever diferentes tipos de introdução, desenvolver argumentos variados e treinar a proposta de intervenção — que costuma ser o ponto mais desafiador.”
Helen Regina Alario, coordenadora da rede ARBOS, lembra que, para aprimorar a escrita, também é importante escrever com responsabilidade.
“Escrever pressupõe leitura constante, compreensão dos temas, questionamentos críticos e um processo simultâneo de aprendizagem e desaprendizagem, indispensável ao amadurecimento textual”, sublinha.
Possíveis temas para 2025
Temas anteriores mostram que o Enem valoriza questões contemporâneas, com repercussão social e relevância para o país, sempre permitindo ao candidato apresentar soluções possíveis para problemas reais.
De acordo com os especialistas, os assuntos mais prováveis para a redação de 2025 envolvem tecnologia, meio ambiente e questões sociais, com enfoque em cidadania e ética:
- Saúde mental: impacto na vida do jovem, estresse e políticas públicas.
- Inteligência artificial e tecnologias emergentes: usos éticos, impactos ambientais e sociais.
- Sustentabilidade e justiça climática: mudanças climáticas, consumo consciente e proteção ambiental.
- Inclusão digital e educação: desigualdade de acesso e transformação social.
- Ética e cidadania: participação social, responsabilidade coletiva e direitos humanos.
Cláudia Gomes, também professora de letras do RIS, aponta que temas como sustentabilidade, desigualdade social, impacto das redes sociais na sociedade, saúde mental ou educação inclusiva têm grande chance de aparecer.
“São assuntos amplamente discutidos, que exigem reflexão crítica, além de possibilitar a argumentação com base em fatos, dados e exemplos da realidade.”
Helen Alario complementa que, mesmo quando abordam tecnologia, saúde ou meio ambiente, o centro é o ser humano e seu papel na coletividade.
“Dessa forma, embora a variedade temática seja ampla, aposto em discussões ligadas à justiça climática, que possuem relevância incontestável e capacidade de mobilizar nossos jovens para uma escrita socialmente significativa e transformadora”, finaliza.
*Sob supervisão de Leonardo Meireles
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