No Brasil, a taxa de alfabetização é maior entre as mulheres do que entre os homens, segundo dados do Censo Demográfico 2022 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgados nesta sexta-feira (17). Há dois anos, o percentual de mulheres de 15 anos ou mais que sabiam ler e escrever era de 93,5%, enquanto o de homens era de 92,5%. O estudo aponta uma redução na taxa de analfabetismo no país, mas 11,4 milhões de brasileiros ainda não sabem ler ou escrever.A pesquisa mostra que na maior parte dos grupos de faixas etárias as mulheres tiveram um nível de escolaridade maior, ficando atrás apenas de homens com idade igual ou superior a 65 anos. A maior diferença foi no grupo de 45 a 54 anos, atingindo 2,7 pontos percentuais a favor das mulheres.Em relação às pessoas indígenas, os homens apresentaram uma taxa de alfabetização de 1,4 pontos percentuais acima do índice das mulheres, de 84,3%.“A desagregação da taxa de alfabetização das pessoas indígenas por sexo e grupos de idade demonstra que as mulheres indígenas têm taxa de alfabetização ligeiramente superior entre os 15 e 34 anos de idade, mas que a partir dos 35 anos de idade a taxa de alfabetização dos homens indígenas se torna superior, com diferenças maiores para o grupo de 65 anos ou mais, o que aponta para um possível maior acesso das mulheres indígenas à educação nas faixas de idade mais jovens”, diz o texto.Em 13 anos, a taxa de analfabetismo caiu de 9,6% para 7% no Brasil, uma redução de 2,6 pontos percentuais, mostram dados do Censo Demográfico 2022 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgados nesta sexta-feira (17), que comparou as informações com o levantamento feito em 2010. Apesar da queda, 11,4 milhões de brasileiros com 15 anos ou mais não sabem ler e escrever no país.A redução da taxa de analfabetismo está entre as metas do PNE (Plano Nacional de Educação), que tem por objetivo melhorar a educação do país por meio de estratégias e políticas educacionais. No último PNE, de 2014 a 2024, o objetivo era erradicar o analfabetismo até 2024, mas o índice de pessoas alfabetizadas no país ficou em 93% em 2022, segundo o IBGE.Na série histórica, jovens de 15 a 19 anos atingiram a menor taxa de analfabetismo em 2022, com 1,5%, representando uma queda de 0,7 pontos percentuais em relação a 2010, quando o índice era de 2,2%.Em termos regionais, o Distrito Federal e Santa Catarina foram as unidades da federação com maiores taxas de alfabetização, com 97,2% e 97,3%, respectivamente. Em contrapartida, os estados de Alagoas (82,3%) e Piauí (82,8%) tiveram os menores índices.