O SinproSP (Sindicato dos Professores de São Paulo) protocolou na última terça-feira (23), no Tribunal Regional do Trabalho, um dissídio coletivo solicitando a anulação de demissões de professores na Uninove (Universidade Nove de Julho), que mantém unidades na capital paulista e na região metropolitana de São Paulo.Veja também: Uninove demite mais de 300 professores por pop-up Os advogados do sindicato pedem também a mediação do TRT para buscar uma solução para o problema. De acordo com a diretora do SinproSP, os professores receberam o aviso de que estavam sendo dispensados no dia 22 de junho, pela manhã, quando acessaram a plataforma da universidade para dar aula. Assim que o aviso apareceu, a plataforma foi fechada e os professores não tiveram mais acesso. Segundo o sindicato, ao menos 120 docentes receberam os avisos, mas a entidade estima que o número total de demitidos pode chegar a 300Veja também: Governo de SP anuncia volta às aulas presenciais em 8 de setembro De acordo com o sindicato, a universidade não deu nenhuma justificativa. Os dispensados receberam uma ordem para entregar o crachá de acesso, em 48 horas, e também a carteirinha do plano de saúde, o que, segundo Sílvia Bárbara, é ilegal, pois a entidade deve manter esse benefício por 30 dias. O sindicato agora aguarda a decisão da Justiça e está fazendo um levantamento por conta própria para saber o número exato de demitidos. Por meio de nota, a Uninove disse que preza como bem maior o ensino de milhares de alunos e a qualidade dos serviços oferecidos há mais de 50 anos e que diante da pandemia que atingiu o mundo, teve que se adaptar à nova situação e foi ao limite para manter o quadro funcional e todas as obrigações contratuais em dia. “Salários dos professores foram garantidos pontualmente e vultosos investimentos em tecnologia realizados. As mensalidades estão sendo renegociadas, tendo em vista a perda do poder aquisitivo de nossos alunos e seus familiares. Todas as medidas de readequação foram necessárias para preservar o sonho dos futuros profissionais que aqui se formarão”.