Voltas às aulas não terá livros, alerta associação de editoras
Governo informa que quantidade de livros adquiridos estão dentro do planejamento e com base no Censo Escolar
Educação|Karla Dunder, do R7
"As aulas serão retomadas, mas estudantes do ensino médio não terão livros", afirma Ângelo Xavier, presidente da Abrelivros (Associação Brasileira de Editores e Produtores de Conteúdo e Tecnologia Educacional). Segundo a entidade, os atrasos no MEC (Ministério da Educação) devido a questões orçamentárias tem prejudicado a oferta de livros didáticos aos estudantes.
'Não admito questões de gênero em livros didáticos', diz ministro
Para este segundo semestre havia a expectativa de adoção de um material que pudesse auxiliar na transição para o novo ensino médio, que passa a abordar os assuntos por área de conhecimento. "Com os atrasos nas negociações, por questões logísticas, não é possível entregar o material aos alunos neste ano", diz Xavier.
Leia também
Outro ponto levantado pela associação é a compra dos livros para 2022. "Não temos um número exato porque não foi feita a publicação no DOU (Diário Oficial da União), mas pelo levantamento que temos até o momento, serão comprados 16 milhões de livros para o próximo ano, no entanto, para atender a todos os alunos da rede pública, a compra deveria ser de pelo 32 milhões de livros didáticos", observa. "Uma parte dos alunos ficará sem livros no ano que vem".
Questionado, o FNDE informa que "os quantitativos adquiridos até agora estão dentro do planejamento e se referem aos materiais apenas para repor possíveis perdas e extravio dos livros já utilizados pelos estudantes. A maior parte das aquisições do PNLD (Programa Nacional do Livro Didático) para atender 2022 ainda está em curso e se baseia nos quantitativos oficiais registrados no Censo Escolar, garantindo que todas as escolas participantes recebam os materiais correspondentes a seu alunado."