Candidata na Bahia, Eliana Calmon diz que acha difícil viúva de Campos ser vice
"Ela está com um filho pequeno, que é excepcional", comentou a ex-ministra do STJ
Eleições 2014|Do R7

Ex-ministra do STJ (Superior Tribunal de Justiça) e a candidata do PSB ao Senado pela Bahia, Eliana Calmon, não descartou, a possibilidade de Renata Campos, viúva do presidenciável do partido, Eduardo Campos, morto na quarta-feira (13), assumir uma candidatura a vice-presidente. Mas, apesar das especulações, considera a hipótese bastante remota diante do fato de ela ter cinco filhos para criar, o caçula com sete meses e necessidades especiais.
— A Renata acompanhou toda a vida, ela é uma política, mas no momento acho muito difícil, mas impossível não é. Ela está com um filho pequeno, que é excepcional e de quem está cuidando pessoalmente. Acho muito difícil em razão dessa situação. Ela é uma mulher destroçada pela perda do marido.
A ex-ministra do STJ disse que ficou próxima de Campos e Renata e citou o fato de que ela sempre está com o filho menor, Miguel, dando banho e comida.
— Foi um verdadeiro milagre ela não estar no voo. Em todas as viagens, ela estava sempre presente.
Eliana disse ter chegado à política por atuação direta de Campos e de Marina Silva, a quem defendeu como nome "natural" para suceder o presidenciável do PSB na cabeça de chapa.
Senador Rodrigo Rollemberg descarta ser vice-presidente pelo PSB
— Ninguém a esta altura, faltando 45 dias para as eleições, seria um nome de consenso como o da Marina.
A ex-ministra lembrou que Marina participou, juntamente com Campos, de toda a discussão sobre as propostas da coligação.
A candidata ao Senado admitiu que se sente "bem desprotegida" sem a presença de Campos.
— Eu me sinto muito sozinha num processo político difícil, num Estado complicado, onde estou enfrentando dois grandes políticos tradicionais [o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) e o atual vice-governador, Otto Alencar (PSD)].
Eliana, contudo, negou que esteja desanimada com a situação, uma vez que se aproximou bastante da senadora Lídice da Mata (PSB), que é candidata ao governo baiano e preside o PSB no Estado.
— Tenho preocupação porque não sei como vai ficar o tamanho do partido, o financiamento, mas, sem dúvida alguma, continuo porque o meu projeto tem a ver com o ideário que Campos e Marina estavam pregando. Não vou desanimar, terei de dar continuidade.