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Eleições 2014

Dilma confirma saída de Mantega num novo mandato

Presidente disse ainda que espera mais informações sobre o caso de corrupção na Petrobras

Eleições 2014|Do R7

Dilma Rousseff disse que não é a favor de "tarifaço"
Dilma Rousseff disse que não é a favor de "tarifaço"

A presidente e candidata à reeleição pelo PT, Dilma Rousseff, confirmou nesta segunda-feira (8) que o ministro da Fazenda Guido Mantega não fará parte de um eventual segundo mandato. Na semana passada, Dilma já havia sinalizado a troca no comando da economia, afirmando que "em governo novo, equipe nova".

— Eu vi que depois que eu falei equipe nova e governo novo as pessoas fizeram várias ilações sobre o Guido Mantega. Ele comunicou que ele não tem como ficar no governo no segundo mandato por questões pessoais, que eu peço para vocês respeitarem.

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A petista concedeu entrevista à TV Estadão e não quis citar nomes que ocupariam as pastas da Esplanada dos Ministérios no seu novo governo.


— Não vou nunca dizer quem vai ser ministro no meu segundo mandato. Quero te dizer que eu acredito piamente que o Brasil vai entrar em uma nova fase. Temos todas as condições robustas para passar por uma nova fase. Não estamos mais naquele momento em que tínhamos que segurar o País com as duas mãos se não desempregávamos. A Europa fez uma politica duríssima de austeridade e não dá um único passo à frente.

Corrupção na Petrobrás


Dilma jamais imaginou haver "malfeitos" em negócios envolvendo a Petrobras tanto no período em que esteve à frente do Conselho de Administração da estatal quanto nos três anos e meio de seu governo. Para a presidente, o envolvimento do ex-diretor de abastecimento da empresa Paulo Roberto Costa nos escândalos "é estarrecedor".

— É interessante que lembremos que ele é um quadro da Petrobras. O que é mais estarrecedor. Ele vinha fazendo carreira. É de fato surpreendente que ele tenha feito isso. Isso não faz parte da Petrobras.


Preso desde o último mês de março, Costa aceitou um acordo de delação premiada para revelar detalhes do esquema que teria desviado R$ 10 bilhões. De acordo com reportagem da revista Veja, o ex-diretor nomeia como beneficiários de propina no esquema o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA), e os presidentes do Senado e da Câmara, Renan Calheiros (PMDB-AL) e Henrique Alves (PMDB-RN), respectivamente. Estaria envolvido também o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morto em acidente aéreo no mês passado.

Na entrevista, Dilma disse que espera receber maiores informações da PF e do MPF antes de tomar qualquer medida.

— É prudente primeiro saber se isso é verdade. Pois a própria revista não diz de onde tirou as informações, nem como. Eu quero as informações. As medidas serão proporcionais ao envolvimento da pessoa. Se estiver, é afastamento puro e simples. Não quero no meu governo quem esteja comprometido com qualquer malfeito. Mas a imprensa não tem nenhum fórum inequívoco para dizer se uma pessoa é corrupta ou não. Não quero diz-que-me-disse. Quero a informação mais aprofundada possível. O governo e a população têm direito a isso.

Volta Lula

A presidente falou também sobre os constantes pedidos de "volta, Lula" com os quais precisa conviver sempre que a situação em seu governo parece se complicar. Segundo Dilma, a relação entre ela e seu antecessor é de afeto e respeito.

— Todo mundo que apostou em algum conflito entre Lula e eu, errou. Temos uma relação fortíssima, pessoal. Eu convivi com o Lula de junho de 2005 até o dia em que saí do governo. Eu gosto muito do Lula. Então tenho absoluta certeza que ele tem o mesmo afeto por mim. Para mim não incomoda nem um pouco o "volta, Lula". O que ele quiser fazer eu vou apoiar. Estarei com ele em todas as circunstâncias.

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