Dilma se diz a favor de autonomia relativa para o Banco Central
"Não precisa ser independência, independência é de Poder", disse a presidente
Eleições 2014|Do R7

A presidente Dilma Rousseff, que tenta a reeleição, afirmou nesta sexta-feira (12) que é a favor da autonomia do Banco Central e que a instituição não precisa de independência, que isso é restrito aos três Poderes.
O programa da candidata Marina Silva (PSB), principal adversária de Dilma na corrida presidencial, prega a independência institucional do BC e promete recuperar o tripé macroeconômico formado por meta de inflação, superávit primário e câmbio flutuante.
"Independência do Banco Central é o que está sendo proposto, autonomia acho que não precisa de lei nenhuma", disse a presidente durante sabatina do jornal O Globo.
"Eu sou a favor da autonomia relativa do Banco Central e pratico", disse a presidente ao ser perguntada sobre declaração que teria dado em 2010 em que disse considerar "importantíssima" a autonomia do BC.
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"Acho que o presidente do Banco Central pode ser demitido. Autonomia do Banco Central existe, porque o presidente da República pode demiti-lo. Quem fiscaliza é o Congresso Nacional", disse Dilma, que concorre à reeleição pelo PT.
— Não precisa ser independência, independência é de Poder. O Banco Central não é um Poder, o Banco Central é uma instituição... Ele não é Poder, não tem essa independência do voto popular.
Petrobras
Durante a sabatina, Dilma disse ainda ter confiança de que não será afetada pelas revelações do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa sobre irregularidades na estatal. Ao ser questionada se temia que as acusações de corrupção atingissem sua campanha, a presidente disse também tem confiança de que as denúncias do ex-diretor não atingirão pessoas com as quais ela disse ter "elevada consideração".
A presidente também prometeu que, se reeleita, fará todas as mudanças necessárias em um segundo governo, desde que não afetem o emprego e a valorização dos salários. Dilma disse que o País precisa manter o emprego e a política de valorização do salário mínimo como forma de "resistir" ao que chamou de crise internacional.
— Essa imensa crise que afeta o mundo, que é a crise do emprego, nós temos de resistir a ela, resistir a todos que querem que o Brasil mude de rota neste sentido, no sentido do emprego. Todas as mudanças necessárias que não afetam o emprego e que não afetam a valorização dos salários, nós faremos.
A petista disse ainda que "jamais" comprometerá o emprego e a renda.
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