Com 48 anos de militância política, Tarcísio Delgado é o candidato do PSB ao governo mineiro
Ex-prefeito de Juiz de Fora venceu racha interno no partido para assumir candidatura
Minas Gerais|Do R7

Filho de José Florêncio Delgado e Anna Pereira Delgado, Tarcísio Delgado é o mais velho de uma família de nove irmãos. Nascido no dia 4 de outubro de 1935 em Torrões, distrito de Juiz de Fora, na Zona da Mata, Tarcísio é ao candidato ao governo de Minas Gerais pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB).
Tarcísio é casado e pai de cinco filhos. Um deles, Júlio Delgado, é deputado federal candidato a reeleição pelo mesmo partido.
O candidato é técnico em Contabilidade de Comércio e se formou em Direito na Universidade Federal de Juiz de Fora.
Vida política
Concursado desde 1966 como juiz, entrou na política no mesmo ano, quando assumiu o mandato de vereador.
Em 1970, foi eleito deputado estadual e quatro anos depois chegou ao cargo de deputado federal, sendo reeleito por mais duas vezes. Foi prefeito de Juiz de Fora em 1983-88, 1997-2000 e 2001-04. Além disso, ocupou o cargo de Secretário de Estado do Trabalho e Ação Social, de 1991 a 1992, durante o governo Hélio Garcia, e foi diretor-geral do antigo DNER (Departamento de Estradas e Rodagens) em 1995. Quadro histórico do PMDB, trocou o partido pelo PSB em 2012.
Polêmica
Tarcísio Delgado foi escolhido como candidato ao Palácio Tiradentes após uma longa discussão na legenda. Membros influentes do partido em Minas, como o prefeito de BH, Marcio Lacerda, e o deputado Wander Borges defendiam apoio à candidatura do PSDB. O então candidato à presidência Eduardo Campos, ciente de que seria importante ter palanque próprio em Minas, segundo maior colégio eleitoral do Brasil, conseguiu lançar Tarcísio Delgado candidato. Por conta disso, vários socialistas em Minas se negaram publicamente a apoiar Tarcísio e participam de atos de campanha de Pimenta da Veiga.
Propostas
Entre as principais propostas do político estão a reforma administrativa, redução de secretarias, valorização dos servidores e controle de gastos. Em relação à educação, afirma que é preciso pagar o piso nacional aos professores e investir em plano de carreira com progressão a cada três anos. Defende reforma tributária para por fim à guerra fiscal e propõe estudar a cobrança de pedágio em estradas em modelo semelhante ao praticado em São Paulo. Na área da saúde, defende a criação de hospitais regionais e é contra a internação compulsória de usuários de drogas.