Ficha Limpa retira 173 candidatos das eleições de outubro

Ao todo, a Justiça Eleitoral barrou 1.888 das mais de 29 mil candidaturas registradas para o pleito deste ano

Eleições 2018|Da Agência Brasil

24/09/2018 - 21h07 (Atualizado em 22/02/2024 - 06h20)

Dos 29.101 candidatos que pediram registro, a Justiça Eleitoral rejeitou 1.888, o que representa 6,5% do total. Segundo dados disponíveis no portal do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), 173 candidatos foram julgados inaptos por causa da Lei da Ficha Limpa, entre eles o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que disputaria o Palácio do Planalto pelo PT.

Eleição presidencial terá o maior número de candidatos em 29 anos

A falta de requisitos para registro — como a não comprovação de pleno exercício dos direitos políticos, alistamento eleitoral e filiação partidária — foi o principal motivo para indeferimento de candidaturas.

Treze candidatos foram considerados inaptos a disputar as eleições por abuso de poder e outros cinco por gasto ilícito de recursos.

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Bicho-papão, saci e lobisomem são "candidatos" em simulador do TSE

A Justiça Eleitoral confirmou 27.213 candidaturas, um crescimento de 4% em relação a 2014, quando 26.162 disputaram as eleições gerais para presidente, governador, senador, deputado federal, estadual e distrital. Até agora, 682 candidatos renunciaram e três morreram.

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Embora a corrida presidencial seja a mais discutida no país, a eleição para a CLDF (Câmara Legislativa do Distrito Federal) é a mais disputada: são 40,88 candidatos por vaga. A Câmara Legislativa tem 24 cadeiras e se apresentaram 981 concorrentes.

Cadeira na Câmara pelo Rio é mais concorrida que vestibular da UERJ

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As 26 assembleias legislativas têm 1.035 cadeiras e 17.950 candidatos, o que dá em média 17,34 concorrentes por vaga. Para as 513 vagas na Câmara dos Deputados, são 8.595 postulantes (16,75 por vaga).

Do total de candidatos, 13 disputam a Presidência da República, 202 concorrem a governador dos 26 Estados e do Distrito Federal e 358 postulam o Senado. Neste ano, estão em disputa duas cadeiras de senador por estado, totalizando 54 vagas.

Os mais de 147 milhões de brasileiros habilitados para votar
nas eleições deste ano ficarão ao menos uma vez frente à frente com a urna
eletrônica durante o mês de outubro.

Mas você sabe como funciona a o sistema que será responsável
pela escolha de presidente, governadores, deputados e senadores? Entenda nas
próximas imagens

A urna eletrônica é utilizada nas eleições brasileiras desde
1996 e foi desenvolvida por uma comissão liderada por pesquisadores do Inpe
(Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e do CTA (Centro Técnico
Aeroespacial)

Assim que estão prontas para o dia das eleições, as urnas
recebem um lacre de segurança fabricado pela Casa da Moeda, que evidencia
qualquer tentativa de violação do equipamento. Assim que os sistemas são
lacrados, os softwares são liberados para todos os TREs (Tribunais Regionais
Eleitorais), o que permite a importação dos dados eleitorais e o abastecimento
de dados dos candidatos

Depois
de receber os dados e os cartões de memória de carga, de votação e de
resultado, as urnas são armazenadas em locais específicos até que, às vésperas
do pleito, são transportadas e instaladas nos locais de votação

No dia da votação, os mesários emitem na urna um relatório
que comprova que ela não contém nenhum voto, a “zerésima”. Ao iniciar a
votação, os equipamentos apenas gravam a indicação de que o eleitor já votou e
embaralham os dados internamente. De acordo com o TSE, o sistema mantém o
sigilo do voto

Após o fim das votações, as urnas imprimem, em cinco vias, um boletim de urna, que contém a quantidade de votos registrados no equipamento para cada candidato ou partido. Uma dessas vias é afixada no local de votação e fica visível a todos. Neste momento, o resultado daquela urna já se torna público. Vias adicionais podem ser entregues aos fiscais de partido

Como as urnas eletrônicas não são ligadas à internet ou
qualquer tipo de dispositivo, o TSE garante que o sistema de votação se torna
confiável para evitar violações nas várias fases do processo eleitoral. Há
ainda mais de 90 sistemas de segurança embutidos no programa das urnas, que são
programadas para funcionar e receber votos apenas no momento da eleição

O TSE afirma ainda que cada urna eletrônica possui um
hardware criptográfico, sistema que confere uma identidade individual e
assegura que as informações coletadas por elas sejam "autênticas e com
garantia de origem"

"Para as eleições, as urnas eletrônicas brasileiras são
carregadas com aplicativos e dados que, junto com seu sistema operacional
específico, chamando de Uenux, formam o chamado ecossistema da urna – programas
criados no TSE de uso exclusivo da Justiça Eleitoral e que operam em conjunto
para garantir o funcionamento do aparelho por completo", afirma o Tribunal

Os mais de 147 milhões de brasileiros habilitados para votar nas eleições deste ano ficarão ao menos uma vez frente à frente com a urna eletrônica durante o mês de outubro. Mas você sabe como funciona a o sistema que será responsável pela escolha...