Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Eleições 2018

Uso de fake news nas eleições não tem precedente, diz OEA

Para a chefe da missão que acompanha o processo eleitoral no Brasil, o uso de notícias falsas para mobilizar eleitores é um fenômeno novo

Eleições 2018|Do R7

Laura Chinchilla: a Justiça não esperava o fenômeno
Laura Chinchilla: a Justiça não esperava o fenômeno

O uso de notícias falsas para mobilizar eleitores brasileiros pode não ter precedentes, em razão do uso do WhatsApp para isso, disse nesta quinta-feira (25) Laura Chinchilla, chefe da missão da Organização dos Estados Americanos (OEA), que está acompanhando o processo eleitoral no Brasil.

"O uso da notícia falsa para mobilizar a vontade das pessoas, dos cidadãos, o fenômeno que estamos vendo no Brasil talvez não tenha precedentes", disse Laura a jornalistas após se encontrar com o presidenciável do PT, Fernando Haddad, e membros de sua campanha em São Paulo.

Eleições 2018: como denunciar notícias falsas à Justiça Eleitoral

"É a primeira vez em uma democracia que estamos observando o uso do WhatsApp para disseminar maciçamente notícias falsas", afirmou Laura, que também é ex-presidente da Costa Rica.


Ao ser questionada sobre como vê a atuação da Justiça com relação ao tema, Laura afirmou que as autoridades também não esperavam que este fenômeno alcançasse a dimensão que tem.

Ela citou o caso dos Estados Unidos, uma "democracia de grandes dimensões", onde autoridades também se viram surpreendidas pela difusão de notícias falsas.


TSE atende a menos de um terço das ações para tirar conteúdo da web

A diferença, segundo ela, é que no Brasil a disseminação está ocorrendo em maior parte pelo Whatsapp, que é uma rede privada, enquanto em outros casos foram usados Facebook e Twitter, redes públicas que permitem uma atuação mais incisiva.


"(O WhatsApp) é uma rede que apresenta muitas complexidades para as autoridades poderem acessar e realizar investigações", afirmou, acrescentando que a OEA tem a função de monitorar, mas não pode substituir as instituições formais.

A missão da OEA também observou que o processo eleitoral, com relação à logística da votação, foi muito organizado e estruturado, não tendo encontrado irregularidades.

O PT, que solicitou o encontro desta quinta-feira para apresentar denúncias, já havia se reunido com a missão, que está no Brasil desde o primeiro turno.

Segundo Laura Chinchilla, ainda não houve uma reunião com o PSL, partido do presidenciável Jair Bolsonaro, embora a OEA os tenha procurado, mas já receberam denúncias da campanha do capitão reformado.

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.