Fernando Haddad
PT/DivulgaçãoA gestão de Fernando Haddad (PT) à frente da prefeitura de São Paulo, entre 2013 e 2016, teve dificuldade para concluir as metas dos programas de habitação e urbanização das favelas. O petista, que atualmente é candidato ao governo do estado, comprometeu-se a entregar 55.627 casas, mas, ao fim dos quatro anos, entregou 14.951.
Outras 21.608 casas estavam em obras, e 19.068 tinham avançado apenas na fase do licenciamento. Na época, a prefeitura considerou que a meta havia sido cumprida em 58%.
O dado está em um balanço divulgado no Diário Oficial da cidade em 31 de dezembro de 2016. No geral, o ex-prefeito cumpriu 45 metas, e 26 foram superadas — ou seja, cumpridas acima de 100%. Outras 52 ficaram em andamento, sendo que dez foram cumpridas entre 75% e 100%; 27 estavam entre 50% e 75%; 11, entre 25% e 50%; e quatro promessas não foram cumpridas nem em 25%.
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No caso do objetivo que pretendia garantir acesso à moradia, o governo do petista deu a justificativa de que a maior parte das unidades foi viabilizada, com a construção concluída ou com obras licenciadas. No entanto, o início das construções dependia de recursos federais do programa Minha Casa Minha Vida. Na época, o governo federal chegou a suspender os contratos das unidades licenciadas, especialmente as que atendiam à faixa de renda 1, de beneficiários com renda menor.
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A meta de urbanização das favelas também não foi totalmente concluída. O governo pretendia atender 70 mil famílias com abertura de vias, implantação de sistema de drenagem, canalização de córregos, remoção de imóveis em situação de risco, abastacimento de água e coletoras de esgoto e criação de áreas de lazer.
O programa, contudo, concluiu menos da metade do que o governo previa. As obras chegaram efetivamente a 14.114 famílias. Outras 46.380 famílias seriam beneficiadas com obras em andamento. A prefeitura não explicou o motivo de a meta não ter sido cumprida na época.
O R7 pediu uma manifestação do candidato sobre os planos não cumpridos, mas não recebeu resposta até a publicação desta reportagem. O espaço continua aberto para manifestação.