Das 222 candidaturas aos governos estaduais, 38 são de mulheres
Candidatas representam 17% dos nomes que encabeçam as chapas aos governos dos estados; para vice, elas são 39%
Eleições 2022|Hellen Leite, do R7, em Brasília
Embora as mulheres representem a maioria do eleitorado brasileiro nas eleições de 2022 — 53%, de acordo com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) —, elas encabeçam apenas 17% das candidaturas registradas para concorrer nos 26 estados e no Distrito Federal. Ou seja, dos 222 pedidos de candidatura recebidos pela Justiça Eleitoral, apenas 38 são de mulheres.
Esse número é ligeiramente maior do que o registrado nas eleições de 2018, quando 31 chapas tiveram mulheres como candidatas a governadora em um universo de 206 candidaturas (13%). Os dados foram extraídos do site do TSE.
O percentual mais que dobra quando a estatística diz respeito às candidaturas femininas a vice. Elas aparecem em 39% dos pedidos de registro, com 89 candidatas a vice-governadora em chapas. No Pará, por exemplo, quatro homens encabeçam as campanhas que ao governo do estado e todos têm mulheres como vice.
Em 2018, apenas uma mulher foi eleita para comandar um Executivo estadual: Fátima Bezerra (PT), que venceu as eleições no segundo turno para o Governo do Rio Grande do Norte. Nas eleições anteriores, em 2014, Suely Campos (PP) foi o nome feminino que saiu vencedor do pleito em Roraima, também em segundo turno.
As mulheres também são minoria quando analisadas as candidaturas aos outros cargos disputados nas eleições deste ano. Elas são 22% dos pedidos de registro de candidatura ao Senado (49 candidatas) e 34% dos pedidos de registro para disputar as eleições para a Câmara dos Deputados (3.416 candidatas).
Mulheres são a maioria do eleitorado
Seguindo a tendência de eleições anteriores, as mulheres são a maioria das pessoas aptas a votar nas eleições 2022. Dos 156.454.011 eleitores em 2022, 82.373.164 são do gênero feminino e 74.044.065, do masculino. Elas representam 53% do eleitorado, enquanto os homens equivalem a 47%. O público feminino também é maioria em quase todos os recortes, por região e escolaridade.
