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Eleição de ex-ministros e aliados mostra força de Bolsonaro sobre o eleitorado

Congresso de 2023 terá nove ex-ministros do presidente e mais de 200 parlamentares da coligação de Bolsonaro

Eleições 2022|Do R7

O presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição, em evento de campanha em Pelotas, no Rio Grande do Sul
O presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição, em evento de campanha em Pelotas, no Rio Grande do Sul O presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição, em evento de campanha em Pelotas, no Rio Grande do Sul

As eleições deste ano para o Congresso Nacional e os governos estaduais demonstraram a influência do presidente Jair Bolsonaro sobre o eleitorado do país. Com o apoio do chefe do Executivo, uma série de ex-integrantes do governo federal e membros do partido dele foram eleitos ou conseguiram passar para o segundo turno.

Antes da votação em primeiro turno, Bolsonaro aproveitou as tradicionais lives nas redes sociais para pedir votos para os seus candidatos. Como consequência disso, conseguiu a vitória para o Senado dos ex-ministros Rogério Marinho (PL-RN), Damares Alves (Republicanos-DF), Marcos Pontes (PL-SP) e Tereza Cristina (PP-MS), bem como a do vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos-RS) e a do ex-secretário de Aquicultura e Pesca Jorge Seif (PL-SC).

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O ex-ministro Sergio Moro (União Brasil-PR) também foi eleito senador, apesar de não ter tido o apoio declarado de Bolsonaro. De todo modo, Moro foi parabenizado pelo presidente e disse que votará em Bolsonaro no segundo turno.

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A maior parte dos políticos eleitos sob a imagem de Bolsonaro estará na Câmara dos Deputados a partir do ano que vem, como os ex-ministros Osmar Terra (MDB-RS), Marcelo Álvaro Antônio (PL-MG), Ricardo Salles (PL-SP) e Eduardo Pazuello (PL-RJ). Também vão ocupar uma cadeira na Casa o ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem (PL-RJ) e o ex-secretário especial de Cultura Mario Frias (PL-SP).

Além dos ex-integrantes do governo federal que conseguiram um mandato no Congresso, a coligação formada por PL, Republicanos e PP para a candidatura à reeleição de Bolsonaro elegeu 187 deputados federais e 13 senadores.

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Fora do Parlamento, Bolsonaro apoiou a candidatura de oito governadores eleitos em primeiro turno: Cláudio Castro (PL-RJ), Ibaneis Rocha (MDB-DF), Ratinho Junior (PSD-PR), Wanderlei Barbosa (Republicanos-TO), Antonio Denarium (PP-RR), Mauro Mendes (União Brasil-MT), Clécio Vieira (Solidariedade-AP) e Gladson Cameli (PP-AC).

Outros quatro candidatos que tiveram o suporte do presidente estarão no segundo turno, como os ex-ministros Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Onyx Lorenzoni (PL-RS), além de Capitão Contar (PRTB-MS) e Jorginho Mello (PL-SC).

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Importância do presidente para a direita

Para o cientista político Enrico Monteiro, a eleição de parlamentares e governadores mais alinhados a Bolsonaro revela um avanço da direita no espectro político do país. Segundo ele, a participação do presidente foi determinante nesse processo.

“A direita sempre teve uma carência de líderes. Nunca teve alguém que conseguiu se expressar e falar com esse grupo de eleitores. E quando surge Bolsonaro, que consegue conversar bem com essas pessoas e usa bem as redes sociais, ele garante uma militância minimamente organizada, o que faz com que o presidente passe a ser um ator importante na eleição de diversas pessoas Brasil afora”, analisa.

“Não há nenhuma outra liderança de direita com tamanha capacidade de comunicação, identificação e transferência de voto como o Bolsonaro. Ele soube aproveitar os espaços vagos e se colocar como principal nome dessa direita, tornando-se uma pessoa que transfere voto e muita força”, completa Monteiro.

Já o advogado e cientista político Nauê Bernardo Azevedo acrescenta que, desde 2019, o presidente criou uma base eleitoral muito fidelizada. Por isso, quem teve o apoio dele acabou beneficiado.

“O Bolsonaro conseguiu capitalizar um sentimento que estava latente em uma parcela bastante relevante da sociedade brasileira. E nas eleições deste ano ele capitalizou isso, transformando em dividendos eleitorais”, destaca.

“A tendência, caso ele seja reeleito, é de uma relação menos tumultuada e mais harmônica com o Congresso e, sobretudo, de que haja uma guinada no campo moral, com diversas pautas ligadas à agenda de costumes tendo mais facilidade para avançar”, finaliza Azevedo.

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