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Em vídeo, Bolsonaro pede desculpas por fala sobre meninas venezuelanas; veja

Segundo o chefe do Executivo, as palavras foram tiradas de contexto, e as adolescentes, na verdade, são trabalhadoras

Eleições 2022|Do R7

Jair e Michelle Bolsonaro acompanhados de Maria Teresa Belandria
Jair e Michelle Bolsonaro acompanhados de Maria Teresa Belandria Jair e Michelle Bolsonaro acompanhados de Maria Teresa Belandria

Após a repercussão negativa, o presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), gravou um vídeo em que pede desculpas pela declaração na qual supostamente associa meninas venezuelanas à prostituição. Segundo o chefe do Executivo, as palavras dele foram tiradas de contexto, e as adolescentes, na verdade, são trabalhadoras.

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"Se as minhas palavras, que por má-fé foram tiradas de contexto, de alguma forma foram mal-entendidas ou provocaram algum constrangimento às nossas irmãs venezuelanas, peço desculpas, já que meu compromisso sempre foi o de melhor acolher e atender a todos que fogem de ditaduras pelo mundo", afirmou Bolsonaro.

Na semana passada, o candidato à reeleição disse durante uma entrevista que visitou a comunidade de São Sebastião, no Distrito Federal, e se encontrou com adolescentes da Venezuela. Na ocasião, lembra Bolsonaro, "pintou um clima" com as meninas, e ele entrou na casa em que elas estavam.

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O vídeo serviu de munição para adversários de Bolsonaro, que utilizaram as imagens em propagandas e redes sociais. Após a repercussão negativa, o presidente gravou o vídeo, acompanhado da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e de Maria Teresa Belandria, representante no Brasil do autoproclamado presidente da Venezuela Juan Guaidó.

"Estamos indignados com as últimas ações de alguns militantes de esquerda que, sem nenhum pudor, estão pressionando mulheres venezuelanas a fim de obterem vantagem política nesse momento. Mesmo depois da decisão do TSE, tomada em função da mentira veiculada sobre minha pessoa, esses inomináveis agora dirigem seus ataques contra essas mulheres", disse o presidente.

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"As palavras que eu disse refletiram uma preocupação da minha parte no sentido de evitar qualquer tipo de exploração de mulheres que estavam vulneráveis", completou.

O candidato à reeleição argumenta que, na época em que Damares Alves chefiou o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, foi constatado que as venezuelanas eram trabalhadoras. 

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Na sequência, Michelle informa que mais de 375 mil venezuelanos residem no Brasil e que a Operação Acolhida, que mira refugiados e migrantes, é o melhor programa da América Latina.

"Como um país cristão, devemos acolher ao próximo. A nossa nação cuida e abraça a todos. Agradecemos especialmente a nossa querida 'embaixadora' da Venezuela, Maria Teresa Belandria, pelo seu excelente trabalho", disse a primeira-dama.

Encontro

A primeira-dama Michele Bolsonaro e a senadora eleita Damares Alves (Republicanos-DF) se reuniram, nesta segunda-feira (17), com duas líderes comunitárias que atendem as refugiadas venezuelanas em São Sebastião (DF)

"Nós fizemos esse encontro. Foi um encontro cheio de abraços. Eu já estive na comunidade de São Sebastião algumas vezes, então já tenho uma ligação com o lugar. Uma ligação de abraços e de carinho. Elas trabalham, e esse episódio mudou a rotina delas. Muita gente procurando por elas. Está todo mundo sofrendo com isso. São duas vítimas, mas agora acabou", afirmou Damares ao R7.

O encontro entre a primeira-dama, a senadora e as líderes comunitárias durou cerca de 1h30. "O objetivo é acolher, é abraçá-las", disse. "Nada melhor do que a mulher do presidente para abraçá-las", destacou Damares. "E depois falamos de receita e de comida", completou. Ela não informou onde o encontro ocorreu.

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TSE

O vídeo com a declaração de Bolsonaro foi usado por adversários. No entanto, o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o ministro Alexandre de Moraes, acatou um pedido no último domingo (16) e proibiu que a campanha petista usasse vídeos que associam indevidamente o presidente ao crime de pedofilia.

"A divulgação de fato sabidamente inverídico, com grave descontextualização e aparente finalidade de vincular a figura do candidato ao cometimento de crime sexual, parece

suficiente a configurar propaganda eleitoral negativa, na linha da jurisprudência desta Corte, segundo a qual a configuração do ilícito pressupõe ato que, desqualificando o pré-candidato, venha a macular sua honra ou a imagem ou divulgue fato sabidamente inverídico", escreveu Moraes.

Na decisão, o magistrado determinou ainda que as redes sociais TikTok, Instagram, LinkedIn, YouTube, Facebook, Telegram e Kway removam imediatamente o conteúdo do vídeo, sob pena de multa diária de R$ 100 mil, a contar de duas horas após a decisão.

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