Eleições 2022 Lula diz que, se eleito, vai ocupar Forças Armadas com 'coisas mais dignas'

Lula diz que, se eleito, vai ocupar Forças Armadas com 'coisas mais dignas'

Em encontro com cooperativas, o ex-presidente falou sobre a criação do Ministério da Segurança Pública para combater o narcotráfico

  • Eleições 2022 | Sarah Teófilo, do R7, em Brasília

Luiz Inácio Lula da Silva (PT)  em encontro com cooperativas em SP

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em encontro com cooperativas em SP

YouTube/Reprodução - 14.9.2022

O candidato à Presidência da República pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou nesta quarta-feira (14) que, se eleito, atuará para que as Forças Armadas façam "coisas mais dignas". A fala ocorreu em um encontro com cooperativas, em São Paulo. Lula comentava a necessidade de criação de um Ministério da Segurança Pública e de atuação contra o narcotráfico e o tráfico de armas.

"São quase 17 milhões de [quilômetros de] fronteira seca e quase 8 milhões de [quilômetros de] fronteira marítima, além [da necessidade] de controlar nosso terreno. E aí, possivelmente, a gente vai ocupar as nossas Forças Armadas com coisas mais dignas, com coisas mais sérias e coisas mais necessárias para o povo brasileiro. Esse país vai voltar a ser dirigido por pessoas que têm competência para dirigir esse país", afirmou.

No governo do ex-presidente Michel Temer (MDB), houve a recriação do Ministério da Segurança Pública, uma demanda das polícias. No atual governo, o presidente Jair Bolsonaro (PL) uniu a pasta com a da Justiça — o órgão passou a se chamar Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Capitão do Exército reformado (aposentado), Bolsonaro abriu espaço em seu governo para uma ampla participação de militares, com diversos ministros advindos das Forças Armadas. Com um vice-presidente militar, o general Hamilton Mourão (Republicanos), o chefe do Executivo escolheu outro militar, o general Braga Netto (PL), para disputar a reeleição ao seu lado.

Em meio aos ataques de Bolsonaro ao sistema eleitoral e às urnas eletrônicas, o Ministério da Defesa, comandado pelo general Paulo Sérgio Nogueira, passou a fazer coro às investidas e a levantar dúvidas sobre o sistema eleitoral. A situação é criticada por partidos de esquerda e aliados do candidato Lula, que apontam um distorção das atribuições dos militares.

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