Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Eleições 2022

PL, União e Republicanos são os partidos com mais candidatos

Pedidos de registro ainda estão sendo analisados pelo TSE, que informará quem está apto para a disputa eleitoral

Eleições 2022|Sarah Teófilo, do R7, em Brasília

Urnas eletrônicas que serão usadas nas eleições deste ano
Urnas eletrônicas que serão usadas nas eleições deste ano

Os partidos com mais candidatos nas eleições deste ano são o PL, com 1.578 pedidos de registro de candidatura, o União Brasil, com 1.492, e o Republicanos, com 1.424. As solicitações ainda estão sendo analisadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que vai determinar quais estão aptas e quais estão inaptas para a disputa deste ano.

No total, o tribunal recebeu 28.288 pedidos de registro, número inferior ao de 2018, quando 29.085 pessoas solicitaram o registro de candidatura. Dos três partidos com mais candidatos, o PL e o Republicanos são legendas da base do presidente Jair Bolsonaro (PL), que se filiou à sigla de Valdemar Costa Neto no fim do ano passado. O PP, do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, está em quinto lugar na lista, com 1.324 pedidos de registro.

Em 2018, o cenário foi bem diferente, quando os partidos com mais candidatos foram o PSL, seguido pelo PSOL e pelo PT. O PSL foi o partido escolhido por Bolsonaro para disputar as eleições de 2018, mas, após a saída do presidente, a sigla se juntou ao DEM para garantir força no pleito deste ano. A junção gerou o União Brasil.

Após a ida de Bolsonaro para o PL, com a janela partidária, no início do ano, a sigla já se tornou a maior bancada na Câmara dos Deputados. O PP foi o segundo partido que mais cresceu e se tornou a segunda maior bancada na Casa. Nos estados, o cenário também foi favorável às siglas da base do governo. Como mostrado pelo R7, o PL dobrou de tamanho e o Republicanos ampliou as bancadas em mais de 50%.


Analista político e sócio da Hold Assessoria Legislativa, André César destaca a importância de um partido ter muitos candidatos para deixar "a marca da legenda". Segundo ele, entretanto, é preciso analisar quais são as figuras de fato competitivas e com chances de ganhar. Além disso, o analista ressaltou que a distribuição de recursos pode ser um problema.

Leia também

"É necessário analisar as candidaturas competitivas e distribuir recursos de forma inteligente", disse. André César explica que, no caso do União Brasil, segundo partido com mais candidatos, a quantidade se dá pela junção do DEM e do PSL, inclusive com aumento de recursos partidários.


Já no caso do PL e do Republicanos, o analista avalia que a proximidade das siglas com o presidente Jair Bolsonaro pode ser uma das razões para o crescimento. "O PL quer se tornar uma legenda muito forte em 2023 e isso faz parte da estratégia", afirmou.

Perfil

Em relação ao perfil dos candidatos, é possível observar aumento da proporção de mulheres. Neste ano, 33% das candidatas são do gênero feminino, enquanto em 2018 o público representava 32% das candidaturas e, no pleito anterior, em 2014, representava 31%. Também houve um aumento de candidatos que se declararam pretos: foram 13,9% dos candidatos neste ano, em contraposição a 10,8% em 2018; e 9,25% em 2014.


Nos últimos anos, algumas mudanças buscaram incentivar a participação política das mulheres nas eleições, como a definição pela Justiça Eleitoral da cota de 30% do Fundo Eleitoral e do tempo da propaganda eleitoral gratuita em TV e rádio para a candidatura de mulheres, algo que foi depois posteriormente confirmado pelo Congresso.

Em relação à participação de pretos e pardos, em 2020 o tribunal decidiu que a distribuição dos recursos do Fundo Eleitoral e tempo de propaganda eleitoral gratuita de TV e rádio precisam ser proporcionais ao total de candidatos negros de cada partido.

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.