PT e Lula começam a estruturar apoios para o segundo turno
Em busca de aliados para a segunda etapa das eleições, o ex-presidente e o PT cortejam o PDT, MDB, União Brasil e PSDB
Eleições 2022|Do R7, em Brasília
A coordenação de campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai dedicar o dia a estruturar ações e alianças para o segundo turno contra o presidente Jair Bolsonaro (PL). Na segunda-feira (3), a Coligação Brasil da Esperança se reuniu em São Paulo (SP) e já corteja o PDT, MDB, União Brasil e PSDB na tentativa de convencer as legendas a subirem no palanque do petista.
A Record TV apurou que parte dos integrantes da campanha iniciaram a semana em clima de desânimo após o resultado, e que o ex-presidente é o menos abatido nesse momento. Ainda segundo fontes da campanha, Fernando Haddad (PT), que vai para o segundo turno contra Tarcísio de Freitas (Republicanos), é o mais abatido com o resultado eleitoral.
No primeiro turno, Lula obteve 57.259.504 votos (48,43%) e Bolsonaro, 51.072.345 (43,20%). Parte da campanha do petista esperava a vitória em primeiro turno. "Agora, a escolha não é ideológica. Agora, nós vamos conversar com as forças políticas que tenham votos", disse Lula logo após o segundo turno ser definido, na noite de domingo (2).
O ex-presidente declarou que esse será um momento de maior debate entre as candidaturas em disputa, indicando que deve adotar um tom mais ameno, e citou as bandeiras de campanha para o segundo turno, como, por exemplo, ações para a política econômica, desemprego e regulação do mundo do trabalho.
No entanto, alguns desses temas continuam nebulosos, principalmente no campo econômico. A campanha de Lula acabou decidindo não apresentar uma versão final do plano de governo antes do primeiro turno das eleições. O movimento foi uma estratégia para ampliar o número de apoios políticos.
Em 27 de setembro, o ex-presidente chegou a minimizar a falta de compromisso com um roteiro claro de propostas e disse que não precisava "ficar fazendo promessas" porque é "avalista das políticas que vou fazer", comentou.
O plano de governo de Lula foi protocolado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em agosto, com 21 páginas, e sem detalhes sobre promessas que o petista tem falado no palanque. Segundo o documento, o plano de governo apresentado à Justiça eleitoral seria apenas um "ponto de partida para um amplo debate nacional".