PTB pede registro de candidatura de Padre Kelmon à Presidência no lugar de Jefferson
Pedido foi oficializado neste sábado; legenda já havia anunciado substituição depois que a Justiça Eleitoral vetou Roberto Jefferson
Eleições 2022|Sarah Teófilo, do R7, em Brasília
O Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) oficializou, neste sábado (3), o pedido de registro de candidatura do Padre Kelmon à Presidência da República no lugar do presidente de honra da legenda, Roberto Jefferson, que teve a solicitação negada pela Justiça Eleitoral. Agora, cabe ao tribunal analisar o pedido e autorizar ou não que Kelmon participe da disputa. Ele antes ocupava a posição de vice na chapa de Jefferson.
Na última quinta-feira (1º), após decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o PTB já havia anunciado que o então vice seria candidato à Presidência e o Pastor Gamonal assumiria a posição de vice.
"Em virtude da impugnação ilegal da candidatura a presidência do Brasil, do Presidente de Honra do PTB, Roberto Jefferson, o PTB nacional vem a público informar a sua nova chapa. O candidato à presidência agora é o Padre Kelmon, e o vice-presidente Pastor Gamonal", informou o partido em nota.
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O plenário do TSE anulou, por unanimidade, a candidatura de Roberto Jefferson ao Palácio do Planalto por entender que o político está inelegível em virtude de uma condenação recebida em 2012 no caso do mensalão.
Naquele ano, Jefferson foi considerado culpado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A pena, aplicada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), foi de 7 anos e 14 dias de prisão, em regime semiaberto.
Jefferson foi liberado para o regime aberto em maio de 2015. Em março de 2016, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), com base em um indulto assinado pela ex-presidente Dilma Rousseff, concedeu perdão da pena do político e de outros cinco condenados.
O TSE rejeitou a candidatura com base em uma recomendação do Ministério Público Eleitoral (MPE), que disse que "indulto presidencial não equivale à reabilitação para afastar a inelegibilidade decorrente de condenação criminal". Segundo o órgão, "o indulto presidencial atinge apenas os efeitos primários da condenação, sendo mantidos os efeitos secundários". Dessa forma, o MPE afirma que Jefferson está inelegível até dezembro de 2023.