TRE obriga Rodrigo Garcia a apagar postagem com informação falsa sobre Tarcísio de Freitas
O governador disse que o ex-ministro é contra a escola em período integral, mas o TRE entendeu que Garcia usou conteúdo mentiroso
Eleições 2022|Augusto Fernandes, do R7, em Brasília
O TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) determinou na terça-feira (20) que o governador de São Paulo e candidato à reeleição, Rodrigo Garcia (PSDB), apague uma publicação que fez no Twitter com informações falsas sobre o candidato do Republicanos ao Palácio dos Bandeirantes, Tarcísio de Freitas.
De acordo com a juíza Maria Claudia Bedotti, Garcia usou conteúdo mentiroso com o propósito de induzir o eleitorado a crer que Tarcísio critica a escola em período integral. "Os elementos que instruem o pedido comprovam que a postagem impugnada veicula uma fala do candidato representante de forma totalmente descontextualizada", afirmou Maria Claudia.
A juíza deu 24 horas para que o Twitter retirasse a publicação do ar. Nesta quarta (21), a postagem não estava mais disponível.
Caso semelhante com Marco Vinholi
No início de setembro, o TRE-SP já tinha publicado uma decisão na qual determinava que o presidente do diretório paulista do PSDB, o ex-deputado estadual Marco Vinholi, retirasse do ar a publicação de um vídeo que considerou conter notícia falsa sobre Tarcísio, e que não a repetisse.
Na ocasião, a Corte entendeu que uma fala do candidato do Republicanos foi tirada de contexto e gerou "desinformação". O discurso foi feito durante uma sabatina, em 24 de agosto, na qual Tarcísio disse: "Alguém me pergunta: 'Você quer ser governador de São Paulo?'. Tem muita gente que quer bastante ser governador de São Paulo. Não é o meu caso. Eu quero servir e deixar legado. É completamente diferente".
De acordo com o relator do caso, o desembargador eleitoral José Antonio Encinas Manfré, "apenas um trecho da entrevista fora veiculada pelo requerido nessas mídias sociais com a afirmação (pois trecho do texto ficou truncado) que não seria o caso dele objetivar ser eleito para o cargo de governador do estado de São Paulo".
De acordo com a assessoria de Tarcísio de Freitas, "no trecho publicado, a segunda parte foi retirada, descontextualizando a fala, o que foi constatado pela justiça como notícia falsa".