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Cientistas pedem pausa urgente no avanço da superinteligência artificial global

Documento assinado por cientistas e figuras públicas pede moratória urgente no avanço da superinteligência artificial

Fala Ciência

Fala Ciência|Do R7

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Temor global: superinteligência artificial pode ultrapassar controle humano (Imagem: Pixabay/ Canva Pro) Fala Ciência

A inteligência artificial vem transformando o mundo em ritmo acelerado, mas agora, os próprios criadores dessa tecnologia pedem freio. Uma carta aberta, assinada por centenas de cientistas, engenheiros e personalidades públicas, defende a suspensão do desenvolvimento da superinteligência artificial (SIA) até que existam garantias concretas de segurança e controle. O documento foi divulgado por pesquisadores de instituições internacionais e inclui nomes como Geoffrey Hinton e Yoshua Bengio, reconhecidos como os “padrinhos da IA”.

O alerta parte da constatação de que, se uma IA superinteligente ultrapassar a capacidade humana em todos os domínios (lógica, criatividade, decisão e autonomia), os riscos podem se tornar incontroláveis.


Entre as principais preocupações levantadas estão:

  • A possibilidade de uma IA tomar decisões sem alinhamento com valores humanos;
  • A criação de sistemas capazes de autocorreção e evolução independente;
  • O uso de superinteligência em contextos militares, econômicos ou políticos sem supervisão ética;
  • A dificuldade de interromper um sistema autônomo que “decida” reprogramar seus próprios objetivos.


O que está em jogo com a superinteligência artificial

Cientistas e famosos pedem pausa urgente no avanço da superinteligência (Imagem: Getty Images/ Canva Pro) Fala Ciência

A superinteligência artificial é diferente das ferramentas atuais de IA, que são limitadas a tarefas específicas, como tradução automática ou reconhecimento de voz. Uma SIA teria consciência operacional ampla, aprendendo de forma autônoma, reinterpretando dados e agindo de acordo com metas próprias. Isso significa que, em teoria, ela poderia reescrever seus próprios algoritmos e evoluir continuamente, sem depender de intervenção humana.


Embora a IA atual dependa de instruções e dados pré-programados, a superinteligência seria um agente independente, capaz de gerar estratégias inéditas em tempo real, inclusive com consequências imprevisíveis para a sociedade.

Um debate ético e científico urgente


De acordo com a pesquisadora Maria-Anne Williams, da Universidade de Nova Gales do Sul, a proposta de moratória busca abrir um debate global sobre os limites éticos e de segurança dessa tecnologia. Para ela, o foco deve ser a criação de ferramentas poderosas que sirvam à humanidade, e não agentes que possam ultrapassar a capacidade de controle humano.

A carta ressalta que, antes de liberar o desenvolvimento de uma superinteligência, é necessário um consenso científico internacional sobre os riscos e protocolos de segurança. Em um mundo onde algoritmos já influenciam decisões econômicas, políticas e sociais, a discussão sobre o futuro da IA nunca foi tão urgente.

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