Substâncias do intestino podem ser chave contra obesidade e diabetes
Produtos do microbioma intestinal interagem com fígado e coração, afetando metabolismo
Fala Ciência|Do R7

Pesquisas recentes da Universidade Harvard, apoiadas pela FAPESP, identificaram metabólitos intestinais que exercem influência direta sobre o fígado e a circulação sistêmica, desempenhando papel central na sensibilidade à insulina, no controle da obesidade e no diabetes tipo 2. Publicado na Cell Metabolism, o estudo revela como esses produtos do microbioma intestinal podem abrir caminho para novas estratégias terapêuticas.
Os metabólitos, provenientes das interações entre bactérias intestinais e células do intestino, seguem um trajeto específico:
Essa dinâmica demonstra que o fígado não apenas processa nutrientes, mas também recebe sinais químicos que modulam vias metabólicas e regulam a saúde metabólica.
Genética, dieta e microbioma: interações complexas

O estudo analisou camundongos com diferentes predisposições à obesidade e ao diabetes. Os resultados indicam que:
Essas descobertas confirmam que tanto fatores genéticos quanto ambientais moldam a composição de metabólitos, impactando diretamente a síndrome metabólica, a resistência à insulina e o risco de diabetes tipo 2.
Implicações para saúde e tratamentos futuros

Ao compreender como os metabólitos intestinais regulam o metabolismo hepático e sistêmico, cientistas podem desenvolver abordagens mais precisas para:
O estudo reforça que o microbioma intestinal é um componente essencial da saúde metabólica, e que dieta, genética e micro-organismos interagem de forma complexa para determinar nosso equilíbrio metabólico.
