Abaixo-assinado pede à Casa Branca deportação de filha de Hugo Chávez
Petição precisa de 100 mil assinaturas para conseguir resposta do governo norte-americano. Autor alega que María Gabriela criticou abertamente os EUA
Internacional|Da EFE
Cerca de 30 mil pessoas já assinaram um abaixo-assinado que será enviado à Casa Branca para exigir a deportação dos Estados Unidos de María Gabriela Chávez, filha do ex-presidente da Venezuela Hugo Chávez e delegada permanente do governo de Nicolás Maduro nas Nações Unidas, em Nova York.
"De acordo com a posição dos Estados Unidos sobre a Venezuela e a decisão de não reconhecer o regime de Maduro, o povo venezuelano pede respeitosamente a deportação de María Gabriela Chávez", diz o pedido publicado na plataforma "We The People", da Casa Branca.
A solicitação, criada no último domingo (3) por uma pessoa que responde pela sigla J.P., precisa de 100 mil assinaturas para obter uma resposta oficial do governo americano.
O autor do pedido argumentou que a filha de Chávez "criticou abertamente a cultura e a democracia dos EUA enquanto está em território americano". "Ela representa um regime de narcotráfico e um estado terrorista", completou o solicitante.
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Além disso, os signatários criticam María Gabriela por não ter participado de três das últimas cinco reuniões da Assembleia Geral da ONU, apesar de estar em Nova York exercendo "tarefas públicas".
Além disso, o abaixo-assinado pede que o Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC), ligado ao Departamento do Tesouro, para abrir uma investigação sobre a delegada venezuelana na ONU.
"Ela seria uma destinatária conhecida de grandes somas de dinheiro resultante da corrupção sistemática na Venezuela", afirmou o autor do pedido no texto de solicitação do abaixo-assinado.
Maduro, no poder desde 2013, tomou posse para seu segundo mandato no dia 10 de janeiro, após vencer eleições não reconhecidas por parte da comunidade internacional.
Quando o chefe da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, se declarou presidente interino do país no dia 23 de janeiro, os EUA foram um dos primeiros países do mundo a reconhecê-lo, reunindo o apoio de outros governos da América Latina e da União Europeia.
No entanto, Maduro segue exercendo o poder de fato na Venezuela, tem o apoio crucial do comando das Forças Armadas e é ainda apoiado por uma série de países, entre eles Rússia e China.