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Rússia garante à Venezuela que impedirá intervenção dos EUA

Declaração russa mostra que qualquer intervenção dos norte-americanos no país da América do Sul seria interpretada como um 'ato de agressão'

Internacional|Da EFE

Rússia garantiu que impedirá intervenção na Venezuela
Rússia garantiu que impedirá intervenção na Venezuela Rússia garantiu que impedirá intervenção na Venezuela

A presidente do Senado da Rússia, Valentina Matviyenko, se reuniu neste domingo (3) com a vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, a quem garantiu que Moscou fará tudo que estiver a seu alcance para impedir uma intervenção militar dos Estados Unidos no país latino-americano.

"Nos preocupa em grande medida que os Estados Unidos possam realizar qualquer provocação para causar derramamento de sangue e encontrar assim uma desculpa e um motivo para intervir na Venezuela. Mas nós faremos o possível para que isso não ocorra", disse Matviyenko, segundo a agência Interfax.

Matviyenko ressaltou que "é especialmente cínica" a atitude dos EUA, "um país que se posiciona no mundo como defensor da democracia".

A senadora qualificou as tentativas de "derrubar ilegalmente o atual presidente e a nomeação de um político opositor como chefe do país" como uma "grosseira violação do direito internacional e dos estatutos da ONU".

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"Tudo isso se soma às ameaças de intervenção militar. A Rússia fez o possível, e seguirá fazendo no futuro, para impedir tal evolução dos eventos", disse a legisladora.

Matviyenko denunciou que na lista de países nos quais os EUA pretendem provocar mudanças de poder por meios ilegais estão "Cuba e Nicarágua".

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"A comunidade internacional tem a obrigação de pôr um freio nessas tendências negativas para impedir que algo assim seja cumprido no futuro", disse a senadora.

Matviyenko entregou a Rodríguez uma versão em espanhol da declaração aprovada esta semana pelo Senado russo na qual adverte aos EUA que qualquer intervenção na Venezuela seria interpretada como um "ato de agressão" e convoca a comunidade internacional a apoiar o diálogo no país latino-americano.

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A vice-presidente da Venezuela se reuniu na sexta-feira com o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, e com o presidente da Duma, a Câmara dos Deputados, Viacheslav Volodin.

Rodríguez afirmou que Caracas está disposta a trocar petróleo pela cooperação com a Rússia em matéria de energia, armamento, tecnologia e finanças.

"A Rússia tem tudo o que a Venezuela necessita. Por sua vez, a Venezuela pode dar o petróleo que a Rússia precisa", afirmou a vice-presidente.

Depois de se reunir com Lavrov, Rodríguez anunciou a transferência para Moscou do escritório da companhia estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA) que fica em Lisboa e revelou as instruções do presidente Nicolás Maduro para adquirir na Rússia os alimentos e remédios que os venezuelanos necessitam.

A vice-presidente também antecipou a criação de um grupo na ONU, por iniciativa dos dois países, que se dedicará a defender os princípios do direito internacional.

Rodríguez é a representante do governo Maduro de maior categoria que visita a Rússia desde que o deputado opositor Juan Guaidó se autoproclamou presidente em 23 de janeiro.

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