Acordo entre Mercosul e UE é bom para ambos e há chances de ser assinado nesta semana, diz economista
Após anos de negociações, termo que derruba tarifas entre blocos parece estar perto de se tornar realidade, apesar de ressalvas
Internacional|Do R7
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Os países membros do Mercosul vivem uma semana decisiva devido à grande possibilidade do acordo comercial com a União Europeia ser assinado neste sábado (20). Caso confirmado, o acordo acabaria com as tarifas de 77% dos produtos agropecuários exportados ao Velho Continente.
No entanto, para esse cenário se confirmar, antes o texto precisa ser aprovado no parlamento e no conselho europeus, que sofre resistência de alguns países, como a França, que possui ressalvas acerca do termo por conta de seus produtores. Já outros países, como Alemanha e Espanha, que veem o acordo como benéfico, pressionam para a assinatura do documento.

Para evitar que os países europeus não sofram algum tipo de prejuízo, instrumentos jurídicos chamados de salvaguardas foram colocados em votação para inclusão no acordo. O mecanismo permite a suspensão dos benefícios tarifários ao bloco sul-americano caso as importações prejudiquem os produtores locais.
José Ronaldo Souza, professor de economia do Ibmec (Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais), avalia que, apesar dos temores de alguns países, o acordo deve ser benéfico para ambos os lados. Ele explica que, para os europeus, o acordo significa uma disponibilidade de produtos que não são amplamente produzidos, além da mobilização de um continente que, segundo ele, perdeu espaço no cenário geopolítico em que China e Estados Unidos dominam.
“Então, o Brasil entra como uma alternativa para fazer a União Europeia, para diversificar sua pauta e também ganhar alguma relevância internacional nesse momento em que eles estão sofrendo uma certa decadência e que eles estão perdendo a importância relativa”, comenta em entrevista ao Jornal da Record News desta segunda-feira (15).
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Já para os países sul-americanos, o professor explicita como benefício a abertura de novos mercado para as mercadorias da região e a compra de alguns produtos alimentícios que não competem com os locais, como vinhos e queijos finos. Na lista de pontos positivos não sentidos diretamente pela população, Souza mostra a possibilidade da aquisição de maquinários mais tecnológicos produzidos na Europa, que podem auxiliar na produtividade desses países.
Em um cenário mais positivo, com a volta das negociações, o economista vê com otimismo a assinatura do acordo, mesmo com as possíveis salvaguardas. Segundo ele, apesar do receio de alguns agricultores europeus, há uma necessidade real desses países suprirem suas demandas de produtos. Ele acrescenta que mecanismos que barrem as tarifas devem ser usados com parcimônia.
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