Acusado de atacar embaixadas dos EUA em 1998 se diz "inocente" em tribunal

Nova York, 15 out (EFE).- Abu Anas al Libbi, acusado de participar da organização dos atentados contra as embaixadas dos Estados Unidos no Quênia e na Tanzânia em 1998 - uma ação que resultou na morte de 229 pessoas -, se declarou "inocente" nesta terça-feira em seu primeiro comparecimento a um tribunal federal. "Inocente", respondeu o advogado de Al Libbi, cujo verdadeiro nome é Nazih al Raghie. Na ocasião, o letrado respondia uma indagação do juiz federal Lewis Kaplan, que perguntou como o acusado se declarava em relação às acusações apresentadas contra ele pela promotoria federal do distrito sul de Nova York. Al Libbi chegou em Nova York no último fim de semana, depois de ter sido capturado em solo líbio no último dia 5, quando as forças americanas realizaram uma complexa operação no local. Depois de ter sido capturado, o acusado foi interrogado a bordo de uma embarcação da Marinha americana, o "USS San Antonio". O primeiro comparecimento ao tribunal do acusado, um cidadão líbio de 49 anos, não durou nem dez minutos, tempo em que ele ouviu as acusações e, inclusive, relatou que não teria dinheiro para pagar um advogado. No entanto, o réu acabou sendo atendido por um defensor de ofício. O representante da promotoria assinalou que não deveria pedir pena de morte contra o acusado, enquanto o juiz Kaplan fixou uma nova audiência para o próximo dia 22. Segundo a justiça americana, Al Libbi tomou parte na organização dos atentados com carros-bomba perpetrados no dia 7 de agosto de 1998 contra as embaixadas dos EUA no Quênia e na Tanzânia, uma ação reivindicada pela rede terrorista Al Qaeda e que resultou na morte de 229 pessoas. A acusação acredita que o acusado realizou as fotografias da embaixada americana em Nairóbi, as quais teriam sido usadas para decidir onde os veículos carregados de explosivos deveriam ser estacionados. EFE msc-rcf/fk