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Acusado de corrupção, ex-presidente francês Sarkozy recebe tornozeleira eletrônica

Sarkozy foi considerado culpado por tentar subornar um juiz em uma investigação sobre suas finanças de campanha em 2007

Internacional|Do R7

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Ex-presidente francês Nicolas Sarkozy enfrenta julgamento por financiamento ilegal Reprodução/Record

A Justiça da França implantou nesta sexta-feira (7) a tornozeleira eletrônica do ex-presidente do país, Nicolas Sarkozy, acusado de corrupção e tráfico de influência.

Em dezembro, a mais alta instância judiciária da França, o Tribunal de Cassação, manteve sua sentença de prisão de um ano, mas permitiu que ele a cumprisse com uma tornozeleira eletrônica sem precisar ir para a prisão.


Sarkozy foi condenado em 2021 a três anos de prisão, mas conseguiu atenuar a pena em recurso feito à Suprema Corte. Dois anos de prisão foram retirados da sentença, e no restante do tempo o ex-presidente usará uma tornozeleira de monitoramento em vez de ir à prisão. A sentença também determinou que o ex-presidente francês perca os direitos políticos durante três anos.

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Sarkozy, figura importante na política francesa mesmo depois de deixar o cargo em 2012, foi considerado culpado por tentar subornar um juiz em troca de informações confidenciais sobre uma investigação sobre suas finanças de campanha em 2007. O juiz, Gilbert Azibert, também foi condenado por corrupção e tráfico de influência.


O tribunal concluiu que Sarkozy conspirou para garantir um emprego em Mônaco para Azibert em troca de informações privilegiadas sobre uma investigação de que o ex-presidente havia aceitado pagamentos ilegais da herdeira da L’Oréal, Liliane Bettencourt.

Esgotadas as instâncias na França, o advogado de Sarkozy, Patrick Spinosi, afirmou que o ex-presidente apelaria ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos para contestar a decisão. “O desafio que apresentarei ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos pode, infelizmente, levar a uma condenação da França”, escreveu Sarkozy na rede social X.


Nicolas Sarkozy deverá enfrentar outro julgamento ao longo de 2025 por acusações de corrupção e financiamento ilegal. O Ministério Público da França pediu o julgamento do ex-presidente e de outras 12 pessoas por suspeitas de que sua vitoriosa campanha eleitoral em 2007 foi parcialmente financiada pela ditadura líbia de Muammar Khaddafi. Sarkozy nega todas as acusações. Se for condenado no caso da Líbia, o ex-presidente francês poderá enfrentar até 10 anos de prisão.

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