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Acusado de massacre na Flórida diz que agiu porque ouvia vozes

Tiroteio na escola Marjory Stoneman Douglas no início do ano deixou 17 mortos. Defesa tenta provar insanidade de Nikolas Cruz

Internacional|Beatriz Sanz, do R7

A policial, Cruz disse que ouvia vozes: 'Mate. Destrua.'
A policial, Cruz disse que ouvia vozes: 'Mate. Destrua.'

Nesta segunda-feira (6), a polícia da Flórida liberou a transcrição de uma das primeiras conversas entre Nikolas Cruz, acusado de ser o responsável pelo tiroteio em uma escola na Flórida em fevereiro, e um dos investigadores do caso.

Na entrevista que aconteceu pouco depois da prisão de Cruz, ele diz para o detetive que agiu daquela forma porque ouvia vozes em sua cabeça.

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O tiroteio na escola Marjory Stoneman Douglas, em Parkland, resultou na morte de 17 pessoas entre alunos e funcionários da escola.

'Mate. Queime. Destrua'


Durante a conversa com o detetive, Cruz revela que ouvia uma voz em sua cabeça e que, na noite anterior ao massacre de Parkland, a voz teria dito para ele fazer coisas ruins.

O detetive pergunta o que a voz teria falado com ele e Cruz responde: "Mate. Queime. Destrua".


O jovem diz ainda que foi a voz que o aconselhou a comprar um rifle AR15. Essa foi a arma usada no tiroteio.

Além disso, Cruz contou ao detetive que muitas vezes ele usava maconha ou Xanax para que a voz fosse embora.


'Não gosto da voz'

Na transcrição do depoimento, Cruz diz ao policial que a voz está falando com ele no momento do interrogatório dizendo para que ele se mate.

Nesse momento, o detetive muda o tom com o jovem e diz: "Você poderia ter parado o demônio pegando uma receita para a maconha. Você poderia ter parado a voz pegando uma receita para Xanax. Você poderia ter parado a voz quando quisesse. Você não queria parar a voz".

Depois disso, Cruz se torna mais cauteloso e responde: "Eu não gosto da voz".

Por fim, ele pede para chamar um advogado e para finalizar o interrogatório.

Eu quero morrer

Na conversa com o policial, Nikolas Cruz também fala muitas vezes que deseja acabar com a própria vida.

Em vários momentos, quando o detetive não está na sala ele repete: "Me mate, apenas me mate."

Depois, ele afirma na presença do investigador: "Eu quero morrer. No final, você é nada mais do que inútil. Você merece morrer porque você é sem valor."

Divulgação da conversa

Logo após a prisão, Cruz teria confessado para os policiais que foi o autor do crime.

No entanto, durante a audiência com o juiz, ele ficou em silêncio. Por esta razão, o juiz entendeu que ele estava se declarando inocente.

A conversa foi divulgada pela imprensa norte-americana com autorização do juiz que cuida do caso.

A entrevista com o investigador só foi divulgada porque o juiz entendeu que, em nenhum momento, durante a conversa ele assume a responsabilidade pelo ataque.

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