Massacre da Flórida: acusado se cala no tribunal e será julgado em abril

Nikolas Cruz não se declara inocente ou culpado e será julgado em 30 de abril; a ideia da defesa é negociar para que ele não receba a pena de morte

Internacional|Fábio Fleury, do R7, com agências internacionais

14/03/2018 - 18h59 (Atualizado em 22/02/2024 - 08h27)

Nikolas Cruz, único acusado do massacre da Flórida, há um mês, não se manifestou sobre sua culpa em uma audiência na manhã desta quarta-feira (14).

O ex-aluno, que entrou atirando na escola secundária Marjory Stoneman Douglas, em Parkland, no dia 14 de fevereiro, é acusado de 34 crimes: 17 assassinatos e 17 tentativas de assassinato.

Silêncio

O acusado não se declarou culpado ou inocente das acusações e, por isso, a juíza Elizabeth Scherer foi obrigada a incluir no processo uma declaração de inocência.

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Após a declaração ser feita, a juíza marcou a data do julgamento para 30 de abril.

Julgamento

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Com a alegação de inocência, Nikolas Cruz e seus advogados ainda têm a possibilidade de negociar um acordo com a acusação. A promotoria já havia afirmado que vai buscar a pena de morte para o acusado.

A defesa de Cruz deixou aberta a possibilidade dele se declarar culpado durante o julgamento, desde que a acusação concorde em pedir apenas prisão perpétua. Caso isso seja aceito, o processo será bem mais curto.

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Estudantes nas ruas

No dia que o massacre da Flórida completou um mês, milhares de estudantes saíram às ruas nos Estados Unidos para pedir maior controle de armas.

Veja fotos abaixo

Estudantes saíram das salas de aula e marcharam nesta quarta-feira (14) para exigir leis mais rígidas ao porte de arma e o fim dos massacres em escolas. O movimento esta sendo liderado por sobreviventes do massacre que matou 17 pessoas em uma escola na Flórida, no dia 14 de fevereiro

*estagiária do R7 com supervisão de Cristina Charão

Os participantes estão pedindo três coisas: banir armas automáticas, exigir verificações de antecedentes antes das vendas de armas e uma lei que permita aos tribunais desarmar pessoas que exibam sinais de comportamento violenta

Os protestos acontecem simultaneamente em várias cidades dos EUA. Em Washington, na frente da Casa Branca, jovens pedem leis mais rígidas para o porte de arma. No cartaz, pode-se ler: "Armas não matam pessoas... Sim, elas matam"
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Em apoio ao movimento #Enough: National School Walkout (#Basta: Marcha Escolar Nacional, em tradução livre), os alunos deitaram no chão no bairro Queens, em Nova York. O ato simboliza os mortos em tiroteios dentro de escolas. Os estudantes seguram cartaz que diz "protejam suas crianças, não suas armas"
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Horas antes de partir em direção à Casa Branca, os alunos do Montgomery Blair High School em Maryland, marcharam para uma estação de metrô, onde embarcaram nos trens para Washington

Em Nova York, os alunos afirmaram que eles são o futuro e em breve terão idade suficiente para votar e tirar políticos dos seus cargos, a menos que eles passem leis mais duras sobre a posse de armas

Além das passeatas, estudantes do país planejavam reuniões, marchas e ocupações nas escolas. Em Nova York, uma menina segura cartaz que diz "Eu sou a próxima?"

Os participantes dizem que querem garantir que os apelos por mudança surgidos na sequência do massacre na Flórida tenham em conta o contexto mais amplo da violência armada nos Estados Unidos. No cartaz, pode-se ler a pergunta: "Quantos mais?"

Estudantes saíram das salas de aula e marcharam nesta quarta-feira (14) para exigir leis mais rígidas ao porte de arma e o fim dos massacres em escolas. O movimento esta sendo liderado por sobreviventes do massacre que matou 17 pessoas em uma escola na...