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Alemanha terá 'meses difíceis' por causa da Covid, diz Instituto Koch

Com menos de 70% da população vacinada, país enfrenta uma quarta onda da doença, e médicos pedem novas restrições

Internacional|Do R7

Homem faz teste de Covid-19 em estação de trem no oeste da Alemanha
Homem faz teste de Covid-19 em estação de trem no oeste da Alemanha

Em meio a uma quarta onda de Covid-19, a Alemanha tem de se preparar para "semanas e meses difíceis", alertou nesta sexta-feira (12) o presidente do Instituto Robert Koch (RKI, na sigla em inglês), Lothar Wieler, que pede o aumento das restrições.

O número de ocorrências de contágio aumentou de maneira drástica nos últimos dias no país. Na sexta-feira, o instituto de saúde registrou 48.640 novos casos de Covid e 191 mortes em 24 horas.

Wieler soou o alarme.

"Temos de presumir que a situação vai continuar piorando em toda a Alemanha" e que essa evolução "não pode ser contida sem novas medidas", advertiu ele, em entrevista coletiva em Berlim.


"Semanas e meses difíceis nos esperam (...)", afirmou, manifestando sua preocupação com uma situação já tensa em alguns hospitais, por falta de pessoal médico.

Wieler pediu que se limitem os contatos em locais públicos e fez um apelo aos alemães não vacinados para que se imunizem. Na Alemanha, a vacinação não é obrigatória.


Em torno de 67,4% da população está totalmente vacinada, taxa muito longe da meta de 75%.

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Wieler pede que as tradicionais feiras de Natal e a temporada do Carnaval sejam canceladas.


Na mesma entrevista coletiva, o ministro da Saúde, Jens Spahn, afirmou que um novo confinamento deverá "continuar sendo uma opção, pelo menos em nível regional".

Na próxima quinta-feira (18), o governo e as autoridades regionais responsáveis pela área da saúde vão se reunir para definir as medidas a tomar.

A nova onda de Covid-19 na Alemanha ocorre em um momento politicamente sensível. O governo sob o comando da chanceler Angela Merkel está em final de mandato, enquanto se forma uma coalizão de três partidos sob a liderança dos social-democratas, vencedores das últimas eleições.

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